Sergio Moro prestará depoimento nesta quinta-feira no TRE

Está programado para essa quinta-feira (7) o depoimento do senador Sergio Moro, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em um processo que pode levar à cassação de seu mandato. O depoimento ocorrerá na sede da Justiça Eleitoral em Curitiba, simultaneamente ao depoimento do primeiro suplente, Luiz Felipe Cunha. Moro enfrenta duas ações consolidadas em um único processo, acusado de abuso de poder econômico durante a campanha e pré-campanha eleitoral de 2022.

As ações foram iniciadas em junho pelos diretórios do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL) no Paraná. O relator original do caso, o desembargador Mario Helton Jorge, optou por unir os pedidos. No processo, ambos os partidos buscam a inelegibilidade de Moro por até oito anos, caso seja condenado.

O atual responsável pelo caso é o desembargador Luciano Carrasco. As acusações dos partidos afirmam que Moro, junto com os suplentes Luís Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, elaborou um conjunto de ações para aproveitar a estrutura e exposição da pré-campanha presidencial. Posteriormente, teria migrado para uma disputa de menor visibilidade, circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo vantagens indevidas e prejudicando a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de Senador no Paraná.

Moro se filiou ao Podemos em novembro de 2021, permanecendo até março de 2022 como pré-candidato à Presidência. Após sua candidatura não obter sucesso, ele deixou o partido em direção ao União Brasil, onde inicialmente tentou uma candidatura ao Senado por São Paulo. Devido a problemas na transferência do domicílio eleitoral, candidatou-se ao mesmo cargo, mas pelo Paraná.

As alegações dos partidos também incluem acusações de gastos indevidos durante o período de pré-campanha. No processo, é mencionado o dispêndio de R$ 200 mil no evento de filiação de Moro ao Podemos, em 11 de novembro de 2021. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná expressou a intenção de ouvir representantes do Podemos e do União Brasil, antigos e atuais partidos do senador, no decorrer do processo.