Beto Richa de volta ao jogo

Deputado estadual, prefeito de Curitiba e duas vezes governador do Paraná. Um currículo invejável e prestes a dar seus primeiros passos na política nacional, com futuro promissor pela frente. Este era Beto Richa (PSDB) em 2018, até que investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) resultaram em sua prisão, faltando 20 dias para as eleições daquele ano, onde Beto concorria como candidato ao Senado.

Quatro anos depois, Beto Richa está de volta ao jogo. Na última quinta-feira (5), veio a Mandaguari e se reuniu com apoiadores no espaço SanDiego Eventos, a convite do empresário Marcos Jovino, e também se encontrou com o ex-prefeito Cileninho, que foi secretário de Planejamento . Agora pré-candidato a deputado federal, o presidente estadual do PSDB consolida sua base.

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2018

Ao Jornal Agora, o ex-governador afirma que foi vítima de perseguição em 2018. “Foi uma violência de que eu e minha família fomos vítimas. Foi a maior perseguição da história recente do Paraná”, declara. “Pergunto a você, que pré-requisito eu preencho para ter minha casa invadida e eu minha mulher sermos sequestrados faltando 20 dias para a eleição? Quiseram me varrer da política”, conclui.

“Querer carimbar em mim o rótulo de corrupto? Um corrupto não deixa Curitiba e o Paraná como deixei. O estado tinha quase R$ 7 bilhões em caixa quando terminou meu mandato. Hoje, por onde passo tropeço em obras minhas”.

Pré-campanha

Enquanto governador, Richa visitou os 399 municípios do Paraná. Agora, em pré-campanha, ele está retornando a cada uma das cidades, revisitando as obras que fez e construindo sua base. “Nunca deixei de receber um prefeito enquanto era governador. Hoje sou bem recebido em todos os lugares que visito”.

Beto enxerga a disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados com otimismo, e acredita que seu histórico pesa positivamente na campanha que está por vir.

Corrida sucessória

Sobre a disputa pelo governo estadual, Beto Richa vê uma grande possibilidade de segundo turno. “Vejo cada dia mais clara essa possibilidade. Temos visto o Requião crescendo nas pesquisas, talvez até por conta de ele estar ao lado do ex-presidente Lula, que no Paraná aparece empatado com o presidente Jair Bolsonaro, e acaba puxando a candidatura local, que está no partido dele. No PSDB temos o Cesar Silvestri Filho, ex-prefeito de Guarapuava, que é um jovem dinâmico, trabalhador, competente e vem forte para a disputa”, finaliza.