Manifestação contra o feminicídio marca um ano da morte de Magó

TInha gente que nem chegou a conhecer Magó. Manifestantes pedindo um basta ao femicídio. Rodrigo Belli estava entre eles. “Os atos contra o feminicídio não podem se restringir a um gênero específico. Eles contemplam toda a sociedade. Não se trata da questão simplesmente de homens e mulheres, mas também dos homens trans, mulheres trans. A causa do feminicídio é uma causa de todo mundo”, diz.

A homenagem também foi para aplacar a saudade que acompanha a família há um ano, diz a mãe de Magó, Daísa Poltronieri.

Magó foi assassinada em janeiro de 2020. O crime foi numa cachoeira em Mandaguari. O autor, segundo a polícia, é Flávio Campana, hoje com 41 anos, e que está preso.

Um exame de DNA encontrou material genético do suspeito no corpo de Magó, que lutou muito para sobreviver. Outras vítimas de feminicídio foram lembradas.

Para quem ficou, a luta agora é pelo fim da violência contra a mulher. Será possível? Shirley Zielasko, mãe de Ana Júlia, que foi jogada na linha do trem e morreu atropelada, acredita sim.

Já Neusa Marcos, mãe de Suelen, a jovem encontrada morta dentro de um carro em outubro do ano passado, não acredita que a violência contra a mulher vá acabar.

Os manifestantes se reuniram na praça da Catedral. Em seguida, seguiram para a Praça Todos os Santos, a praça do Teatro Reviver Magó, que vai ganhar esse nome oficialmente no dia 8 de  março, Dia da Mulher. Praça revitalizada que ganhou um memorial em homenagem a Magó: “As madeixas de Magó”, obra do artista plástico Paolo Ridolfi.