Eliminação do Santos na Libertadores não é surpresa, mas time precisa reagir

A campanha do Santos na Libertadores certamente decepciona os torcedores. Cair na fase de grupos, é claro, nunca é de bom grado. Mas se formos apenas racionais, sem tanta paixão em jogo, a eliminação precoce não foge do script, né?!

O Santos iniciou a atual temporada sem dois de seus principais jogadores, vendidos ao fim de 2020: o zagueiro Lucas Veríssimo e o volante Diego Pituca. Para piorar, Sandry, que seria o substituto no meio de campo, teve uma grave lesão no joelho.

No ataque, Kaio Jorge lidou com um problema muscular e perdeu diversos jogos no início da temporada, enquanto Marinho, por causa de Covid-19 e lesões no joelho e na coxa, só entrou em campo nove vezes.

Em crise financeira, o Santos não conseguiu repor as peças que ficaram pelo caminho. Viu, no último mês, o camisa 10 Soteldo ser vendido. Mais um titular indo embora…

E o elenco é um festival de falta de opções: na lateral esquerda, só tem Felipe Jonatan; no meio, nenhum segundo volante… Não era de se esperar muito mais do que foi visto.

Enquanto isso, o Santos entrou “no peito e na coragem” na Libertadores para tentar algo além da fase de grupos, mas não conseguiu. E, sinceramente, não deveria causar surpresa. Diante de tantos problemas, no meio de uma reconstrução financeira e administrativa, ser eliminado como o Peixe foi não é um vexame.

Vexame seria, sim, sair na fase de grupos da Libertadores nadando em um mar de dinheiro e sem uma casa para ser colocada em ordem, como está o Santos atualmente. Por isso: torcedores, calma! O Peixe encerrou a competição no terceiro lugar do grupo C, com seis pontos.

Ao mesmo tempo, o Santos precisa abraçar a oportunidade de disputar a Sul-Americana para se reerguer esportivamente – afinal, a reconstrução administrativa não pode abandonar o projeto esportivo da gestão.

Nesta quinta-feira, o Santos deve anunciar a contratação de André Mazzuco para o cargo de executivo de futebol – ótimo nome diante das condições do clube, sem dinheiro para muitos reforços e sem grandes expectativas de contratações.

Fora da Libertadores, o Santos entrará nas oitavas de final da Sul-Americana, fase em que vai enfrentar o primeiro colocado de algum dos grupos da competição. Com um cobertor curto em mãos, Fernando Diniz terá a oportunidade de disputar um torneio mata-mata e com chances de título.

No decorrer da temporada, o Santos também terá o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, duas chances de o atual elenco se firmar para que mais garotos sejam revelados, apostas que chegarão por empréstimos se firmem e Fernando Diniz encaixe no cargo de treinador do clube.