No Rio de Janeiro, técnica de enfermagem é presa com ‘sobra’ de vacina para aplicar no marido

Uma técnica de enfermagem foi detida na noite de ontem (13), em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, ao deixar um posto de saúde com uma dose da vacina contra a covid-19. A profissional foi abordada enquanto voltava para casa de moto. A dose estava em um frasco guardado dentro de uma garrafa com gelo. As informações são do portal UOL.

Em depoimento à polícia, ela negou ter furtado o material. Segundo a técnica de enfermagem, o frasco continha sobras de diferentes doses que seriam descartadas. Ela contou que juntou tudo em um único frasco e levava para casa para aplicar no marido.

A profissional relatou ainda que o procedimento foi autorizado pela supervisora do posto que fica no bairro de Neves.

A técnica de enfermagem prestou depoimento à polícia e foi liberada. Ela pode responder por peculato e a pena pode chegar a 12 anos de prisão. A supervisora da profissional citada durante o depoimento também foi chamada para depor e ainda será ouvida.

Ao UOL, a prefeitura de São Gonçalo informou que afastou as duas profissionais envolvidas no caso “até elucidação dos fatos” e que a Secretaria de Saúde abriu uma sindicância para apurar a conduta das duas profissionais que podem ser exoneradas.

Em nota, o governo municipal reforçou que nenhuma dose da vacina contra o coronavírus foi subtraída do posto de vacinação e reforçou que o frasco levado era formado com doses sobressalentes de outros frascos do imunizante.

“Cada frasco possui uma pequena reserva de segurança para garantir a quantidade correta a ser aplicada. A secretaria alerta que a conduta da funcionária, que suprimiu as sobras de vacina, pode representar risco a quem receber a dose, pois não há eficácia comprovada da efetividade do imunizante após tal procedimento irregular”.

Além disso, o comunicado enviado afirma ainda que “todos os procedimentos para controle das doses são adotados nos postos de vacinação, com numeração e contagem dos frascos no início e término dos trabalhos para que não ocorra riscos de furtos”.

O caso é tratado como um fato isolado.