Superlotação marca unidades prisionais de Maringá

A crise da superlotação carcerária atinge em cheio as unidades prisionais de Maringá. De acordo com dados do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen), a Casa de Custódia e a Cadeia Pública da cidade abrigam atualmente quase 400 presos além de suas capacidades máximas.

Na Casa de Custódia, há hoje 1.203 detentos, enquanto o limite oficial, conforme o último Relatório de Inspeção da Defensoria Pública do Paraná (2022), é de 960 presos. Já a Cadeia Pública de Maringá, localizada na Avenida Mandacaru, tem 242 pessoas privadas de liberdade, mas foi projetada para comportar apenas 114. Somando as duas unidades, são 1.445 presos em espaços que deveriam acomodar no máximo 1.074 – um excedente de 371 detentos.

A Colônia Penal e Industrial de Maringá (CPIM), destinada a detentos do regime semiaberto, apresenta um cenário oposto: há 150 presos em uma unidade com capacidade para 350, ou seja, 200 vagas ociosas.

Diante do problema, o Governo do Paraná afirma estar adotando medidas para reduzir a superlotação. Em nota, o Deppen destacou que estão em andamento obras para a construção de novas unidades penais no estado, o que deve criar 3.975 vagas. Além disso, o governo menciona a análise de processos para concessão de alvarás de soltura, transferências de presos e melhorias na infraestrutura das unidades.

O comunicado também informa que já foram iniciadas tratativas para a construção de mais oito unidades prisionais no Paraná, reforçando o compromisso do estado com a modernização do sistema carcerário. Enquanto isso, as unidades existentes seguem operando acima do limite, evidenciando um desafio que persiste há anos no sistema penitenciário paranaense.