Volta às aulas?
Na última terça-feira (4) o governador Carlos Massa Ratinho Júnior anunciou a volta às aulas gradativamente nas redes de ensino estaduais em todo o estado nesta segunda-feira (10). O retorno deve acontecer paralelamente à vacinação dos profissionais da Educação, programada para este mês.
A forma de volta às aulas será por modelo híbrido, ou seja, parte dos alunos assistirá aulas presencialmente, em sala de aula, enquanto a outra parte acompanhará remotamente. Os conteúdos serão transmitidos ao vivo. Para isso, o governo do estado diz que as salas de aula estão equipadas com computadores e internet, possibilitando que os professores interajam com todos os estudantes.
As regras para os alunos que voltarem a estudar presencialmente continuam as mesmas: distanciamento de 1,5 metro dos estudantes, álcool em gel disponibilizado nas escolas, máscara obrigatória e aferição de temperatura. As regras também valem para o transporte de estudantes.
O retorno presencial não será obrigatório. Pais, mães ou responsáveis legais que desejem o retorno dos estudantes devem assinar um termo de autorização a ser entregue na instituição de ensino.
Porém, inicialmente, apenas 10% das instituições estaduais de ensino voltaram com as aulas presenciais nesta segunda-feira (10), há três requisitos para que as instituições voltem: O primeiro deles é o acompanhamento das cidades onde houve retorno das redes municipais de ensino e do transporte escolar. Além disso, serão priorizadas as instituições de ensino onde há alunos em situação de vulnerabilidade e sem acesso a equipamentos digitais para realizar as atividades remotas. Outro critério é a análise de colégios com maior número de professores fora do grupo de risco. As secretarias da Educação e do Esporte e de Saúde ainda estão realizando o mapeamento dos locais.
Sobre a questão da vacinação dos profissionais de educação, o governo informou que distribuiu na quarta-feira (5) 32.760 doses da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz voltadas exclusivamente para esse público. Segundo estimativa da Secretaria de Estado da Saúde, outros 8 mil trabalhadores já foram imunizados por integrarem o grupo prioritário do Plano Estadual de Vacinação, de pessoas com mais de 60 anos. Em Mandaguari não há data para o começo dessa etapa de vacinação, pois o governo ainda não liberou, segundo a informação passada por Wellington Spinosa coordenador da imunização de Mandaguari.
APP-Sindicato promete greve caso governo do Paraná retome aulas presenciais
A APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) decidiu fazer greve caso as aulas presenciais sejam retomadas antes da imunização completa de professores e funcionários das escolas. “A APP-Sindicato defende a vacinação para toda população, bem como a vacinação para professores e funcionários como condição para voltar às aulas. Queremos sim o retorno ao trabalho presencial, mas o retorno com segurança”, completa ela. Segundo a categoria, não há condições estruturais nas escolas para o retorno e faltam profissionais para o devido acompanhamento dos estudantes. A APP-Sindicato aponta, por exemplo, que o governo estadual demitiu cerca de 8 mil funcionários no dia 30 de abril. O sindicato ainda justifica a greve com o fato da pandemia de covid-19 estar com patamar alto de casos. Para a categoria, a circulação de um milhão de estudantes com mais 120 mil profissionais vai gerar um novo caos na transmissão da doença.
Rede municipal
Ainda não há nenhuma data para o retorno das aulas presenciais nas instituições municipais de ensino de Mandaguari. Porém a informação da Secretária de Educação da cidade é de que ocorra este mês e que eles ainda precisam da liberação de alguns comitês, como por exemplo, o Comitê da Covid-19. Na quinta-feira (6) a secretária de educação, Selma Bertolini, estava em uma reunião com os representantes dos transportes escolares para decidirem sobre esse tema.
Rede privada
As instituições de ensino privadas de Mandaguari voltaram a ter aulas presenciais em modelo híbrido em fevereiro e continuam abertas aos seus alunos. Já a instituição de ensino superior continua fechada sem previsão para a volta das aulas presenciais.