Entregadores de delivery fazem manifestação nacional
Está marcada para esta quarta-feira (1) a paralisação nacional dos entregadores de aplicativos. Em Curitiba também haverá um ato. Será na Praça Eufrásio Correia, a partir das 9 horas. O ato reivindica aumento no pagamento das corridas por quilometragem, distribuição de máscaras e álcool em gel e destinação de um valor das corridas à aquisição de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), entre outras demandas. Não se trata, contudo, de uma mobilização apenas de cicloentregadores, mas da categoria como um todo (o que inclui motoboys e mesmo quem faz entrega utilizando carro).
Em Curitiba, um dos entregadores que está tentando organizar a mobilização é Adriano Negocek, 22 anos, que há cerca de dois anos trabalha com os aplicativos de delivery. Ele comenta que uma das grandes dificuldades que a categoria enfrenta para conseguir realizar um movimento desse tipo é justamente a inexistência de um sindicato ou associação de entregadores. “Estamos tendo de puxar [o movimento] entre a gente, no cara a cara, nas redes sociais, para tentar mobilizar o maior número possível. Enfrentamos alguma resistência também por parte dos próprios entregadores, que têm medo de represália dos apps, de perder o trabalho, principalmente no período em que estamos”, comenta Negocek.
Uma pesquisa da Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir) a partir de projeto da Universidade Federal do Paraná (UFPR), aponta que houve aumento na jornada de trabalho desta categoria, queda na remuneração, além da falta de fornecimento de equipamentos de proteção, que estão tendo de ser custeados pelos próprios profissionais. O estudo mostra a precariedade do dia a dia dos entregadores durante a pandemia.