Em 10 anos de operação, agentes de segurança destroem mais de 25 mil toneladas de maconha em plantios no Paraguai, diz PF

Agentes da Polícia Federal (PF), da Secretaria Nacional Antidrogas e da Força Tarefa Conjunta do Paraguai destruíram mais de 25 mil toneladas de maconha em plantios ilegais em terras paraguaias, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (24).

As ações fazem parte dos trabalhos da Operação Nova Aliança, que conta com trabalho conjunta entre as forças de segurança dos dois países para a erradicação de cultivos ilícitos da planta no país vizinho.

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, o diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza e Jorge Oliveira, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, participaram do evento que tratou do balanço de uma nova fase da operação, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

“Estamos finalizando agosto. Temos que correr para ter mais operações neste ano. Temos que investir para ter melhores resultados”, destacou Mendonça, durante o evento.

De acordo com números da Polícia Federal, as 25.167 toneladas de plantações ilegais destruídas no Paraguai, entre 2010 e o mês de julho de 2020, equivalem a 10 vezes o montante de apreensões de maconha feitas pela PF no Brasil.

Conforme a polícia, foram apreendidas em território nacional no mesmo período 2.505 toneladas da droga.

Operação Nova Aliança

A 22ª fase da operação começou no dia 16 de agosto. De acordo com a polícia, 127 hectares de plantações ilegais foram erradicadas, e 1.790 quilos de sementes de cannabis foram queimados.

O balanço desta fase aponta ainda que os agentes de segurança destruíram, em uma semana, 70 acampamentos clandestinos.

Com o resultado desta etapa, segundo informado pela Polícia Federal, 658 toneladas de maconha produzidas no Paraguai deixaram de ingressar em território brasileiro.

A polícia informou que a estimativa é de que 80% da droga produzida no país vizinho tem como destino o mercado ilícito no Brasil.

Segurança na fronteira

Desde dezembro de 2019 entrou em funcionamento o Centro Integrado de Operações de Fronteira, na usina hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu.

Durante a pandemia, com o fechamento da fronteira, as polícias, as forças armadas e a Receita Federal destacaram que houve aumento na movimentação de traficantes e contrabandistas pelo Rio Paraná e pelo lago de Itaipu, o que já levou a confrontos entre suspeitos e agentes de segurança.

O ministro da Justiça prometeu uma resposta às ações criminosas.

“Nós vamos ter que investir em grandes equipamentos. Aqui para a região, em lanchas cada vez mais velozes e mais robustas, justamente em função dessa reação do crime. Em cada ação nossa, numa proporção, é natural que venha reação em maior proporção, e nós temos que nos antecipar a isso”, destacou.