Pulsar

Preso nos anos 1970 pelo Regime Militar, juntamente com outros super-heróis, sob a acusação de subversão, Pulsar foi torturado e dado como morto, retornando 20 anos depois, totalmente confuso e deslocado.

Agora, ele tenta entender o que aconteceu no passado, para então encontrar seu lugar no presente. A história é cheia de ação e drama, sendo que o regime militar é apenas um ponto de partida para uma história cujo foco é na ação e nos relacionamentos do personagem. Pulsar tem que lidar com a forma como vê seu velho amigo Calibre, bem como tentar entender e se situar no novo mundo para o qual despertou.

Pulsar surgiu em 1994, criação de Arthur Garcia e João Carlos Pacheco (1961-1995). A série era a história complementar da revista Força Ômega, uma tentativa da dupla em emplacar uma revista de super-heróis brasileiros. A publicação durou apenas três edições. O número quatro, que iria concluir o primeiro arco de Pulsar e do grupo que dava nome à revista, acabou nunca sendo lançado.

Pulsar Depois, em 1995, a Escala lançou a revista mix Master Comics e Pulsar teve uma nova chance, com episódios curtos de 8 páginas. Foram três edições até o cancelamento da publicação e novamente Pulsar ficaria incompleto. No gibi independente Tempestade Cerebral (2008), de Alex Mir, publicou uma história que seria a última aparição de Pulsar durante quase uma década.

Pulsar retornaria em 2017, agora em um encadernado que reuniu todas as histórias publicadas do personagem, junto com um material inédito que finaliza a saga do personagem, a edição ganhou nova colorização feita por Omar Viñole.

O autor, o paulistano Arthur Garcia, tem uma extensa carreira nos quadrinhos, tendo produzido praticamente todo tipo de material, do infantil ao adulto. Já publicou centenas de trabalhos, seja com ilustrações, quadrinhos licenciados ou criações próprias, tendo participado de Os Trapalhões, Heróis da TV, Street Fighter, Cyber: Máquinas + Heróis outra criação dele com João Pacheco, Didi e Lili, Mangá Tropical e muitos outros títulos, para várias editoras.

Com grande conhecimento estrutural de desenho e da linguagem dos quadrinhos, também escreveu e ilustrou diversos guias sobre desenho de mangá. Premiado no Brasil e em Portugal, Arthur tem em Pulsar um de seus melhores e mais autorais trabalhos já feitos. A edição definitiva de Pulsar é uma justa homenagem tanto ao autor quanto ao personagem, que merece ser conhecido pelo público atual.