Big Brother
O reality show mais famoso do Brasil chega em 2020 à sua 20ª edição. São duas décadas exercendo uma relação de amor e ódio com a população brasileira, que “odeia amar” o programa. Pergunte a 10 brasileiros sobre o BBB e 9,5 dirão que é uma porcaria, um desserviço, uma pouca vergonha, uma baixaria, uma coisa tosca e fútil e que deve ser banido da televisão brasileira.
Agora, imagine essas mesmas 10 pessoas convidadas a participar da atração, e te garanto que nove aceitariam no ato ficar confinados por meses, adquirindo fama, prêmios, projeção e claro, 15 minutos de fama. Na mesma linha da negação, um programa como este não fica no ar, por 20 anos, se não tiver audiência, nem der retorno para seus anunciantes. É a lei do mercado, só sobrevive porque dá retorno.
Posto tudo isso, chega-se a conclusão que quem reclama em público, aceita no privado, ou seja, não admite por vergonha, mas gosta. Quem não se lembra de Alemão, Kléber Bambam, Sabrina Sato, Grazi Massafera, Jean Wyllis, entre outros que se imortalizaram na atração?
Faz muito tempo que não assisto o BBB, mas já assisti e até gostava, pela dinâmica da “brincadeira”. Pelas redes sociais e até em notícias na mídia, tenho visto que a repercussão deste ano está maior, dados os personagens e abordagens sociais que estão ocorrendo. Isso é bom. Trazer temas do Brasil para o debate. A luta de classes, o racismo, o preconceito, situações que estão incutidas na população, presentes no dia a dia, e que merecem chegar à sociedade pelos iguais, ou seja, personagens com os quais o público se identifica.