Olha a fila!

A cena se repete há alguns anos: poucos dias antes do início das matrículas em escolas ou creches da rede municipal, numerosas filas se formam em frente às instituições de ensino em Mandaguari.

Ontem (31/10), a Secretaria de Educação do município abriu as transferências entre os CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) para turmas do Infantil IV e V, e mais uma vez as filas foram formadas para garantir vagas.

No CMEI Dra Renata Yara Táccola Hernandes, a fila começou na terça-feira (29). Os próprios moradores se organizaram e distribuíram senhas entre si. Para evitar que os mandaguarienses dormissem na rua, a creche abriu as portas da quadra e até dos banheiros da instituição.

Na quarta-feira (30), se formaram filas nos CMEIS Mickey e Tio Patinhas. Consultados pela reportagem, alguns pais relataram que muitas vezes ficam na fila para que tenham a liberdade de escolher o horário em que os filhos vão estudar – a preferência é pela manhã.

Como a espera virou hábito, tornou-se comum também gente lucrando com a situação. Há pessoas que cobram para ficar na fila segurando lugar. A reportagem apurou que há quem cobre até R$ 200 para ficar esperando.

Secretaria de Educação

Jornal Agora procurou também a secretária de Educação de Mandaguari, Adenise Batista. Ela classificou a formação de filas como “lamentável”, e disse que sua pasta até ampliou o número de turmas para evitar que isso ocorresse.

Adenise garantiu que há vagas para todos os alunos, e lembra que no ano passado houve mobilização para matrículas em escolas da rede municipal. “Na Escola Bom Pastor teve fila, e ainda sim sobraram duas vagas”, relata.

A secretária se reuniu com professores e diretores para aumentar o número de turmas. Ela comentou ainda que as próximas etapas de matrículas e rematrículas não terão datas divulgadas com antecedência.

“O que posso adiantar é a informação para que os pais preparem documentação e comprovante de residência. As datas serão divulgadas às vésperas das matrículas, justamente para evitar novas filas”, destaca Adenise.

*Reportagem publicada na 326ª edição do Jornal Agora