Mandaguari dá ultimato a acumuladores

Em um levantamento feito pela prefeitura de Mandaguari foi constatado que existem cerca de 78 pontos de acúmulo de lixo em área residencial. Ainda segundo a pesquisa, esses locais servem de depósito de materiais reciclados e, além de infligir uma série de leis tanto municipais como estaduais, esse lixo guardado funciona como procriador principalmente do aedes aegypti, escorpiões, baratas e ratos, portanto um risco a saúde de seus moradores e vizinhos.

O coordenador da Vigilância Sanitária, Adriano Borges, relata que são muitas as reclamações sobre esses locais, geralmente de moradores que reclamam que além dos riscos de animais e insetos que podem transmitir doenças, o forte odor que fica por toda a vizinhança. “Tudo isso favorece a criação e a proliferação desses vetores. Com isso, reunimos as secretaria Meio Ambiente, Tributação e da Saúde. Nos encontramos com os acumuladores para poder ver uma forma de eliminar esses locais que são um risco a saúde pública”, relata Borges.

Em resposta a alguns boatos que circularam pela cidade sobre a proibição dessas pessoas de recolherem o material reciclado e também da obrigatoriedade de entregarem exclusivamente na Acaman, Adriano rebate tais informações. “Não estamos proibindo as pessoas de catar o seu reciclado. Pelo contrário, o trabalho deles é extremamente importante para o meio ambiente e questão sanitária, só que eles não podem a pegar e levar para sua residência. Tem que levar em alguma empresa que tenha os licenciamentos, que tenha alvará de licença sanitária e licença ambiental para poder revender esse material”.

Dengue

Ainda durante a entrevista que concedeu ao Jornal Agora, Borges falou sobre os índices de dengue em Mandaguari. Levantamento recente aponta que foram confirmados 132 casos da doença na cidade. O índice geral de infestação do aedes aegypti, que transmite a dengue, está em 1,92%, o que coloca o município em estado de epidemia.

Em alguns bairros, como jardins Esplanada, Brasília, Riacho Doce, Vila Nova, São Marcos, Vila Vitória, Vila Bela e Jardim Montreal, o índice de infestação está em 5,71%

Borges afirma que a população deve redobrar o cuidado. “Hoje o aedes aegypti não transmite somente a denge, tem a zika, a chikungunya, a febre mayaro também que tá começando entrar agora”, informa Borges.

O coordenador da Vigilância sanitária lembra que para que as denuncias possam ser averiguadas o denunciante tem que ir até o protocolo que fica no Paço Municipal. “Não adianta ligar ou mandar mensagem, a denúncia tem que estar protocolada para que o processo possa dar prosseguimento”, finaliza.

*Reportagem publicada na 3121ª edição do Jornal Agora