Evento quer mostrar o valor do negro na sociedade

Palestras e apresentações culturais marcam a semana da Consciência Negra em Mandaguari

Estava prevista para acontecer nos dias 18 e 19 um evento em comemoração a Semana da Consciência Negra Municipal. Durante os dois dias acontecerão palestras e apresentações culturais.

A Semana da Consciência Negra em Mandaguari foi instituída em 2020 como um projeto de lei do vereador Sebastião Alexandre, reconhece a data de 20 de Novembro como data comemorativa para o povo negro do Município.

Para celebrar da data foi montado um grupo que está viabilizando o evento, entre os participantes está o autor da lei, o vereador Sebastião Alexandre, os funcionários públicos, Edimilson Uriel Inácio e Larissa Samanta e o professor da rede estadual Donizeti Donha.

No sábado, dia 18, o evento acontece na Câmara de Vereadores de Mandaguari a partir das 20 horas, com palestras que abordam o papel do negro na sociedade. Entre os palestrantes está a promotora aposentada, Maria Sônia, a pedagoga Alessandra Medina, a procurado do município, Eliete Ferreira, os professores, Valdecir Gerônimo, José Natal e Tânia Gomes.

Já no domingo, dia 19, o evento acontece no Centro de Convenções Décio da Silva Bacelar, com inicio às 8 horas, com apresentações culturais, do coral da Comunidade Dr. Osvaldo, do circo do Instituto Promocional Jesus de Nazaré e dança da Associação maria Aparecida Gomes (AMAG). Também haverá um workshop com a cabeleireira Larissa Castro.

O evento contará com um desfile da Beleza Negra organizado por Larissa Samanta, que convidou pessoas desconhecidas de várias idades, “São pessoas anônimas, para que elas se sintam parte da sociedade. E vai ser coisa simples, nada muito elaborado, para que os participantes se sentam à vontade”, conta Larissa.

Segundo Edmilson, um dos objetivos do evento é para mostrar para que as pessoas negras podem ser destaque na sociedade e bem sucedidas. “Está intrínseco na sociedade que as oportunidades não são para nós. A intensão é descobrir novas lideranças negras, jovens, que possa quem sabe estar na politica e a na frente de eventos como esse”.

“Na Pastoral Afro, que por um tempo teve atuação na Paróquia Bom Pastor, nas rodas de conversas, apareciam pessoas simples e humildes, mais por trás tinham uma história belíssima. E essas pessoas estão apagadas da sociedade porque são negras”

Outro ponto enfatizado desta vez pelo professor Donizeti Donha, que segundo ele, o evento se justifica pela história nacional, “As pessoas não querem mais ficar no final da fila, todos querem aparecer, existir, fazer parte da sociedade.” E que eventos e ideias como essas precisam ter força para continuar para que a pessoa negra tenha suas referências.

“A proposta não é falar do passado, daquele momento triste que o negro sofreu na escravidão. O momento agora é de falar de alegria, e que o negro pode sim, porque ele te capacidade”, finaliza Sebastião Alexandre.