A vida não é uma emergência. É uma maratona

Numa modalidade do atletismo, na modalidade de corrida de 4×100, um competidor inicia carregando o bastão, deve passar por todos os adversários e entregar ao companheiro para seguir a corrida e assim todos os quatro até o pódio.

Interessante analisar isso com a nossa vida. Apesar de dizer que a vida não é uma emergência e é mesmo uma maratona, fico analisando como é difícil para um atleta, ter que parar de competir e passar a responsabilidade para o outro. Creio que assim Deus nos incumbe de deixar o nosso legado para as próximas gerações. Igual quem planta uma árvore e nunca desfrutará de sua sombra. Não estamos aqui a passeio, desfrutando do lazer. Muito pelo contrário, estamos aqui porque DEUS tem um PROPÓSITO para cada um de nós.

Assim como para o atleta profissional, deixar de competir é uma tarefa muito difícil, também sabemos que o encerramento de nossa jornada não é nada fácil, com uma carreira terminando, uma passagem do bastão da diretoria da empresa para os filhos ou outros… Mas, como cristãos, o fim da jornada é apenas o começo, o cumprimento do propósito e o início da verdadeira vida, onde se desfrutará do maior prazer até então impensável.

Se é que eu poderia te dar um conselho, é para você correr, fazer a sua parte, alcançar as suas conquistas no tempo que Ele determinou. Quando entendemos isso, passamos a viver comprometidos com o propósito que Deus tem para cada um de nós. Não é só mais um trabalho que chega ao fim, mas uma missão que foi cumprida.

Aqui entram palavras como confiança e fé. Deus abriu o mar Vermelho, mas antes, Moisés precisou confiar e estender o cajado. Eu e você, precisamos dar o primeiro passo para compreender o milagre que vem a seguir. Isso pode ser num momento difícil, de uma doença, de um conflito pessoal, familiar ou mesmo profissional.

É aqui que eu compreendo o atrevimento empreendedor que nos impulsiona, o engajamento com as pessoas, seja na família ou seja numa equipe da empresa, o fortalecimento da fé. É como o hangar no aeroporto onde o avião, ao descer, passa lá guardado, recuperando, fazendo manutenção, trocando peças, colocando combustível para voar novamente.

Assim é quando vamos a igreja ou quando oramos e rezamos em casa com a família, nos preparamos para novamente voar pela fé, passando o bastão para o próximo competidor, plantando a árvore que as próximas gerações que irão desfrutar de sua sombra. É o pai que passa para o filho, o avô que passa para o neto.

Mas, para cumprir esse PROPÓSITO, ser PROTAGONISTA, a verdade crua é que  é muito bom fazer o que você ama, mas isso não o desobriga de fazer o que deve ser feito.  Fazer sucesso, se dar bem nesta vida, geralmente não é um caminho de linha reta. Tem muitos atalhos e curvas. Não é fazer o mais fácil. Muitas e muitas vezes tem que enfrentar o mais difícil ou até o quase impossível na visão de alguns. Fazer o que gosta, sim, mas fazer o que precisa ser feito, mesmo que não goste, sim também. É igual ir à academia. Tem gente que gosta mas tem quem não gosta e vai. Malha, sua a camisa, se cansa, depois passa no espelho e não vê nenhuma diferença, mas continua, porque sabe que uma hora entra em forma. A sua fé só entrará em forma se você abrir o seu coração e alimentar essa fé.

A vida é um bumerangue. Do jeito que você joga, volta para você. As oportunidades estão no mesmo lugar onde estão as reclamações. Na vida, o fim de um desafio é o começo do próximo. Recentemente, iniciou-se um novo ciclo no mundo, mas precisamos aprender com isso, afinal, a vida não é mesmo uma emergência, é uma maratona.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!