É preciso quebrar o silêncio

Quebrando o Silêncio é uma iniciativa educativa promovida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, que faz prevenções contra o abuso e a violência doméstica. Além do Brasil, outros sete países da América do Sul desenvolvem a atividade desde 2002.

A campanha se desenvolve durante todo o ano, mas uma das suas principais ações ocorre sempre no quarto sábado do mês de agosto. Este é o “Dia de ênfase contra o abuso e a violência”, quando ocorrem passeatas, fóruns, eventos de educação contra a violência e manifestações na América do Sul.

A cada ano um tema é escolhido para ser discutido e abordado com propósito de conscientizar a comunidade, denunciar abusadores e ajudar as vítimas. O tema de 2019 é abuso sexual infantil.

E para entender melhor as ações do projeto em Mandaguari, conversamos com o Pastor Jucelino José de Souza que falou sobre a importância de estar se debatendo sobre o assunto. “O projeto Quebrando o Silêncio está dentro de uma situação que está acontecendo nos últimos tempos, é uma grande preocupação com a saúde física, mental e social da criança. Quebrando o Silêncio tem uma relevância muito grande nesse sentido de prevenção, de ajuda as famílias, nas escolaso trabalho também é feito. Então é muito importante que a sociedade entenda que a criança precisa desse apoio de amparo, precisa ser defendida em todos os níveis da sociedade”, explica o pastor.

Pastor Jucelino conta que a Igreja Adventista está aberta a parcerias tanto de outras instituições religiosas quanto ao poder público. “Nós temos materiais para entregar para distribuir nas igrejas, é só solicitar que estamos a disposição para que seja distribuído o material em suas comunidades. Quanto ao poder público temos procurado trabalhar nas escolas com a distribuição dos materiais e fazendo palestra, na medida que as escolas abram suas portas para que o projeto seja realizado”, explica Jucelino.

A Igreja Adventista mantém dois grupos voltados para crianças e adolescentes que são os Clubes dos Desbravadores e dos Aventureiros, que participam meninos e meninas dos 6 aos 15 anos, que segundo Jucelino tem um papel importante na divulgação do projeto, porque eles vão à rua e fazem a distribuição de todo o material, além de participarem ativamente das atividades quando acontece nas escolas.“Eles têm desempenhado um papel fundamental, porque são da mesma idade das vitimas de abuso sexual. As vezes o que eles falam são mais aceitos, quando uma criança fala para outra criança”, finaliza o pastor.