Thomas Bach afirma que China ofereceu vacinas a atletas que vão às Olimpíadas de Tóquio

Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, afirmou nesta quinta-feira que a China ofereceu vacinas a todos os atletas que forem disputar as Olimpíadas de Tóquio, a partir de julho deste ano. A oferta também será ampliada a quem se classificar para as Olimpíadas de Inverno de Pequim, em 2022, além dos atletas paralímpicos que disputarem ambas as edições dos Jogos.

Doses serão disponibilizadas através de colaboração com parceiros internacionais ou direto nos países onde já há acordos com o governo chinês. Não foram divulgados detalhes desta distribuição nem quando tais doses estarão disponíveis, mas Bach disse que o COI assinou a declaração de equidade da Organização Mundial da Saúde. Esta declaração prevê a administração de vacinas até o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril.

Vale lembrar que o Brasil tem acordo com o fabricante chinês Sinovac, responsável pelo desenvolvimento da CoronaVac, vacina desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

– O COI recebeu uma oferta gentil do Comitê Olímpico da China, que ofereceu vacinas não só para os atletas olímpicos dos Jogos de Inverno de Pequim 2022, mas também para os de Tóquio 2020. Essa cooperação com o COI para disponibilizar as doses da vacina poderão ser de duas formas: via colaboração de parceiros internacionais ou em países em que já há acordos de fornecimento de vacina com o governo chinês – disse Bach.

O COI vai pagar por estas doses adicionais de vacina não só para os atletas olímpicos, mas também para os atletas paralímpicos – que vai além da alçada da entidade, uma vez que os atletas paralímpicos estão no guarda-chuva do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). Para cada dose oferecida a um atleta, o COI ainda vai pagar por duas doses adicionais para a população destes países.

– Estamos gratos por esta iniciativa, que mostra o verdadeiro espírito olímpico de solidariedade. Essas iniciativas são um marco para assegurar a segurança dos Jogos de Tóquio. São nossa demonstração de solidariedade com o povo japonês, por quem temos o maior respeito. É o símbolo de uma unidade global necessária para superarmos a Covid-19 – afirmou Bach.

A necessidade de tranquilizar os japoneses se dá em meio a uma forte discussão a respeito da presença ou não de torcedores estrangeiros nos Jogos. Pesquisas mostram que os japoneses são contra, e a imprensa japonesa especula que o COI teria pressionado o Comitê Organizados Tóquio 2020 a aceitar estrangeiros a pedido de patrocinadores globais. Uma decisão deve ser anunciada até o dia 25 de março, data do início do revezamento da tocha.

Tóquio e três cidades vizinhas estão em estado de emergência desde 7 de janeiro de 2021, repetindo as restrições aplicadas no início da pandemia em 2020. As restrições foram ampliadas na semana passada até 21 de março. Nesta quarta-feira 1316 casos de Covid-19 foram diagnosticados no Japão, sendo 340 deles em Tóquio.

Os organizadores dos Jogos prometem um forte controle sanitário para garantir a segurança dos atletas, dos que trabalharem no evento e dos torcedores que eventualmente compareçam às arenas. Não haverá exigência de vacinação, mas o COI deixou claro que encorajará todos os participantes a se imunizarem se tiverem a oportunidade.


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