Iminente venda de Marrony pelo Vasco não breca possível saída de Talles, cobiçado por russos
A iminente venda de Marrony ao Atlético-MG trará alívio, mas não solucionará todos os problemas financeiros do Vasco. Com receitas reduzidas por conta da pandemia do novo coronavírus, o clube teve intensificado o atraso no pagamento de salários. Tanto que não está descartada a negociação de outro ativo: Talles Magno, cobiçado pelo Krasnodar, da Rússia.
No final de maio, o presidente Alexandre Campello recusou uma proposta de 10 milhões de euros (R$ 54 milhões) da equipe europeia pelo meia-atacante. Intermediários do contato, na época, avisaram que a oferta poderia subir a 12 milhões de euros (R$ 65 milhões), o que não ocorreu. Agora, há a expectativa em São Januário de nova investida. Esta última informação foi noticiada pelo canal Atenção Vascaínos e confirmada pelo GloboEsporte.com.
– Nós tivemos, de fato, uma proposta, que estava muito longe daquilo que o clube imagina. Também não era interesse do atleta se transferir neste momento para esse lugar. Para o Vasco não era interessante – disse o presidente Alexandre Campello, domingo à noite, à Rádio Tupi.
Pelo negociado com o Galo, a venda de Marrony renderia ao Vasco cerca de R$ 20 milhões. Verba que ajuda, mas não resolve o problema. Com o elenco, por exemplo, há dívidas de direitos de imagem desde o meio do ano passado e de salário a partir de fevereiro de 2020. A folha salarial é de aproximadamente R$ 3,5 milhões.
Orçamento prevê R$ 64 milhões com negociações
Depois de vender Paulinho em 2018, o Vasco não fez nenhuma negociação no ano passado. Fato de contribuiu para o agravamento da crise. Com a eventual entrada de recursos da venda de Marrony, o clube ganharia um fôlego maior e poderia ter um maior poder de barganha no assédio do exterior a Talles.
O orçamento do Vasco para 2020 prevê a arrecadação de R$ 64 milhões com negociação de jogadores – do total, R$ 18 milhões são fruto do mecanismo de solidariedade da FIFA.