“Pesquisas”

As eleições se sucedem, os anos passam, a forma de fazer campanha vai se alterando ao longo dos tempos, mas algumas coisas continuam intactas. Uma delas é a sanha do ser humano em descobrir o futuro, ou ao menos em prever ele.

O “ingrediente” das pesquisas eleitorais possui um componente muito forte no inconsciente das pessoas, afinal, ninguém gosta de perder, e os políticos acreditam que a possibilidade de vitória anima a “tropa” a trabalhar. Não é raro abordagens querendo saber como “está a pesquisa”.

Mauro Paulino, diretor do Datafolha, o mais renomado instituto do país, costuma dizer que pesquisa não é previsão do futuro, é na verdade, retrato daquele momento, que no dia seguinte torna-se passado.

Esses levantamentos servem principalmente para balizar como o eleitor está captando a mensagem, quais caminhos seguir, onde “atacar”, enfim, como agir. As pesquisas eleitorais são as mais famosas e propagadas, mas grandes empresas investem pesado em pesquisa também.

Tem mais um fator que gera enorme curiosidade nas pessoas: como um instituto chega a uma realidade nacional conversando com pouco mais de 2 mil pessoas em um universo de mais de 200 milhões de habitantes? Chegando. A metodologia utilizada tem esse poder, e para isso existem especialistas no tema.

Em Mandaguari, por exemplo, aproximadamente 300 entrevistas retratam a realidade do sentimento popular. Desde o ano 2000, quando passei a ter acesso a pesquisas, em todas as eleições os resultados sempre foram muito próximos dos levantamentos em dias anteriores ao pleito.

E sobre vereador? Bom, instituto não faz milagre. Existem tendências, porém com pouca exatidão, ainda mais em uma disputa onde 70% dos eleitores decidem seus candidatos nas últimas duas semanas.