Pastores aproveitavam confiança de fiéis para aplicar golpe
Os pastores, que formavam uma quadrilha criminosa, conseguiam ganhar a confiança de líderes religiosos para aplicar o golpe da venda de pacotes de viagem para a Terra Santa. A Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção (Delcon), informou, em entrevista na manhã de quarta-feira (19), que, dos pacotes de viagem que já tinham sido vendidos, um montante de R$ 4 milhões seriam adquiridos pelos pastores.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) já identificou vítimas em vários estados, como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Roraima e Pará.
O delegado André Gustavo Feltes, da Delcon, responsável pela operação, contou que os pastores abriam empresas de faixada e se aproximavam do líder religioso de alguma paróquia.
“Frequentavam os cultos e, depois de ganhar a confiança, ofereciam os pacotes de viagem com previsão para acontecer em três anos. Perto da viagem, eles começavam a cobrar reserva de hotel e falsicavam até o voucher de passagem aérea para a vítima pagar mais”, explicou.
Chefe de quadrilha é de Sarandi
O chefe do grupo criminoso, um pastor de Sarandi, já havia sido preso no ano de 2015 ao aplicar o mesmo tipo de golpe. Segundo o delegado Feltes, o pastor ficou um tempo preso e agora, além de não ter aparecido nas igrejas, usava um nome fictício. Desta vez, o delegado explicou que o pastor pedia que tirassem foto dos cartões de crédito e então ele realizava compras na internet.
O delegado afirmou que não consta nenhum valor no nome dos pastores e que está sendo investigado com quem está a quantidade que já foi paga pelas vítimas.