Parque do Ingá e outras 11 áreas verdes da cidade recebem pesquisa para monitoramento das aves

Importante reserva florestal de Maringá, o Parque do Ingá recebe a primeira etapa de uma pesquisa sobre a importância das aves nas áreas verdes da cidade. O projeto, realizado pelo Vem Passarinhar-PR e Passaringá, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada da Universidade Estadual de Maringá (UEM), tem apoio do Instituto Ambiental de Maringá (IAM). No total, 12 áreas da cidade, entre parques e unidades de conservação, receberão a pesquisa.

O objetivo dos pesquisadores é monitorar o conjunto de aves das áreas verdes para compreender as flutuações, características reprodutivas, hábitos, alterações na comunidade de aves e outros aspectos. A pesquisa ocorre de forma simultânea em 12 locais (confira abaixo). O estudo, que tem autorização do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), terá duração de cinco anos e as coletas são realizadas em cada unidade com intervalo de três meses.

A diretora-presidente do IAM, Juliane Kerkhoff, destaca que o Parque do Ingá e as demais áreas verdes são ′laboratórios a céu aberto′ com rica biodiversidade para pesquisa. “O estudo desenvolvido pelo Vem Passarinhar, Passaringá e UEM é muito importante. Os dados coletados serão fundamentais para orientar as nossas ações de manejo, tanto da avifauna quanto da nossa flora”, disse.

Para a pesquisa, é necessário capturar, medir e colher amostras biológicas das aves. A coordenadora do projeto, Priscilla Esclarski, explica que para esse processo é utilizado o método de captura e marcação com rede de neblina no dossel e sub bosque. As aves recebem uma marcação numérica única (anilha de metal) e anilhas coloridas que identificam em qual parque foram capturadas pela primeira vez. Após coletar os dados e receberem a anilha, são devolvidas ao meio ambiente.

“Pela observação das cores das anilhas conseguimos saber, por exemplo, o quanto aquela ave está se deslocando do ambiente onde foi originalmente encontrada. A partir disso, podemos mensurar o quanto a arborização urbana auxilia neste deslocamento entre os parques”, explica a coordenadora. Os alunos que participam da pesquisa são treinados e acompanhados por um alinhador autorizado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), órgão que regulamenta o uso de anilhas na avifauna silvestre no Brasil.

Para realização da pesquisa, a comunidade tem um papel fundamental. “Esse é um estudo que vai trazer informações importantes para o nosso meio ambiente, o lugar em que vivemos. Por isso, precisamos do apoio e conscientização da comunidade”, reforça a diretora-presidente do IAM, Juliane Kerkhoff.

Os visitantes, quando encontrarem as redes, não devem desmontar, cortar ou derrubar. Além disso, não podem retirar as hastes ou soltar as aves. As redes são verificadas, em média, a cada 10 minutos pela equipe para evitar sofrimento dos animais. Quando verificar uma rede com ave ou alguém mexendo, a comunidade pode procurar um pesquisador (identificado com camiseta verde do projeto e escrito pesquisador nas costas) ou algum funcionário do Parque.

Confira os locais que recebem a pesquisa:

– Parque das Perobas
– Parque das Palmeiras
– Parque Cinquentenário
– Parque Alfredo Werner Nyffeler
– Parque Ecológico do Guayapó
– Parque Sabiá
– Parque Gralha Azul
– Parque Gurucaia
– Parque Borba Gato
– Bosque das Grevíleas
– Parque do Ingá
– Parque Florestal Pioneiros

Fonte: Comunicação Social da Prefeitura de Maringá