Aeroporto de Foz do Iguaçu ganha a maior pista de pousos e decolagens do Sul
O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o presidente da República, Jair Bolsonaro, inauguraram nesta quarta-feira (7) a nova pista de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu/Cataratas. A obra integra um pacote de investimentos estratégicos da Itaipu Binacional no Oeste do Paraná, que em parceria com o Governo do Estado tem como objetivo acelerar o desenvolvimento da região e transformar a cidade em um hub logístico na América Latina.
A pista ganhou 664 metros de extensão, passando de 2.194 metros para 2.858 metros, tornando-se a maior pista em aeroportos do Sul do Brasil. A ampliação vai permitir um maior fluxo de voos internacionais, que poderão decolar com mais segurança, já que a pista era considerada pequena para aeronaves de grande porte. Consequentemente, é esperado que a ampliação aumente o turismo na cidade.
A obra é fruto de uma parceria entre a Itaipu Binacional, a Infraero e o Governo do Estado. Na pista, o investimento total foi de R$ 53,9 milhões, sendo 80% oriundos da Itaipu. A ampliação é concluída cerca de 13 meses após seu início, que se deu oficialmente em 28 de fevereiro de 2020.
“Foz do Iguaçu é segundo destino turístico de estrangeiros no Brasil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro, e não tinha aeroporto para descer voos diretos dos Estados Unidos e da Europa. Precisávamos tirar essa pista do papel e seguir a vocação do turismo na cidade. Por isso, criamos o convênio entre Governo Federal, Governo do Paraná e Itaipu Binacional, que viabilizou as obras e elevou o patamar do nosso aeroporto”, afirmou Ratinho Junior.
“É uma satisfação voltar ao Paraná para mais uma entrega, complementando as obras que a antecederam”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro. “Foz do Iguaçu tem uma das maiores maravilhas do planeta, as Cataratas, e agora vai receber voos do mundo todo. Tenho certeza de que todos vão ganhar”.
LEILÃO – O aeroporto de Foz do Iguaçu foi leiloado nesta quarta-feira junto de três outros terminais paranaenses: o Aeroporto de Bacacheri, em Curitiba; o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais; e o Aeroporto de Londrina. O leilão integrou a sexta rodada de concessões de aeroportos brasileiros à iniciativa privada, que prevê a ampliação, manutenção e exploração da infraestrutura dos terminais durante 30 anos.
O Bloco Sul, do qual os terminais paranaenses fazem parte, foi arrematado pelo valor de R$ 2,128 bilhões, um ágio de 1.534% da proposta inicial mínima de R$ 130,2 milhões. O lance foi dado pela Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR.
O Aeroporto de Foz do Iguaçu é um dos que receberá maiores investimentos, na casa de R$ 512,3 milhões. Segundo o edital, ele deve crescer 4% ao ano a partir de 2025, o que vai exponencializar o número de voos internacionais. Assim, a cidade se consolida ao mesmo tempo como um polo turístico e logístico para o País. Além da nova pista, as obras também devem incluir ampliações do terminal de passageiros, do pátio da aviação comercial e das novas pontes de embarque, além da construção de novas áreas de taxiamento.
“É um dia muito importante para o Paraná. Concedemos quatro aeroportos paranaenses em um leilão em que o investimento de outorga mínimo era de R$ 130 milhões, e acabou fechando em R$ 2,1 bilhões, sendo que cerca de 70% disso será investido aqui no Estado. Possivelmente não teríamos chegado a esse valor de outorga se não tivéssemos inaugurado a maior pista do Sul do Brasil”, pontuou Ratinho Junior.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que o País tem o desafio no pós-pandemia da geração de empregos, o que renova o compromisso com investimentos. “Temos que ter noção que em breve vamos competir com todos os países do mundo em busca de oportunidades, e temos que sair na frente. Estamos melhorando a qualidade da prestação de serviços para os usuários”, pontuou no leilão dos aeroportos, realizado na sede da B3, em São Paulo.
“Faremos o que puder para privatizar parte das estatais. Nós não teremos recursos para investir mais no Brasil se não passarmos para a iniciativa privada a administração destes aeroportos”, endossou o presidente Bolsonaro.
OBRAS ANTERIORES – A ampliação da pista foi a última de uma sequência de obras de melhoramentos do aeroporto de Foz do Iguaçu nos últimos anos, também em parceria da Infraero com a Itaipu. Anteriormente, já tinham sido realizadas a duplicação da via que liga a Rodovia das Cataratas (BR-469) ao aeroporto, a construção de uma nova pista de taxiamento e a ampliação do pátio de manobras de aeronaves. Esta fase de obras teve investimento de R$ 15,5 milhões. No total, as obras do aeroporto tiveram um investimento de R$ 69,4 milhões, sendo R$ 55,5 milhões da Itaipu (80% do total) e R$ 13,9 da Infraero.
Com a reforma, a capacidade do aeroporto passa de 2,6 milhões para 5 milhões de passageiros. As obras incluíram também ampliação da área de check-in, das salas de embarque e desembarque, implantação de escadas rolantes, carrosséis de bagagem, novos elevadores e quatro pontes de embarque (fingers); troca do asfalto de toda a pista; recape das pistas de táxi; e ampliação do sistema de ar-condicionado.
INVESTIMENTOS – A reforma do aeroporto é parte de um pacote de investimentos de mais de R$ 1 bilhão por parte da Itaipu Binacional no Paraná. Os recursos são destinados à aceleração do desenvolvimento do Oeste e integram uma parceria com o Governo do Estado, responsável pela gestão das obras.
Dentre as obras que integram este pacote estão a construção da segunda ponte entre Brasil e Paraguai; a construção da rodovia Perimetral Leste, que ligará esta segunda ponte à rodovia BR-227; a a duplicação e revitalização de 8,7 quilômetros da Rodovia das Cataratas (BR-469).
PRESENÇAS – Estiveram presentes na cerimônia de posse os ministros Carlos Alberto Franco França (Relações Exteriores), Marcelo Queiroga (Saúde), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Onyx Lorenzoni (chefe da Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (chefe do Gabinete de Segurança Institucional); o secretário executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio; o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães; o presidente da Infraero, brigadeiro Hélio Paes de Barros Júnior; o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, e o secretário de Segurança Pública, Romulo Marinho Soares; os deputados federais Ricardo Barros, Aline Sleutjes, Daniel Freitas e Vermelho; e o ex-diretor-geral brasileiro de Itaipu, Joaquim Silva e Luna, e o novo diretor-geral brasileiro da Binacional, João Francisco Ferreira.