O Líder – a referência e os resultados

O melhor exemplo para analisarmos de maneira comparativa os reflexos da forma de agir e se portar dos líderes é compararmos as empresas, quer sejam grandes ou pequenas, a uma engrenagem, não de máquinas, mas de pessoas com sentimentos, iniciativas, opiniões e visões divergentes, por isso, extremamente mais complexas. Não pretendo entrar no campo das emoções, ao contrário, o objetivo deste texto é propor uma análise dos reflexos das atividades dos líderes nos aspectos práticos da gestão e consequente desenvolvimento das empresas.

Normalmente, entre trabalhadores operacionais e o executivo principal, temos de quatro a cinco níveis hierárquicos, porém o mais comum são cinco níveis, a saber:

1º – Operadores; 2º – Supervisores ou Encarregados (Líderes dos times); 3º – Gerentes de Área ou Departamentos; 4º – Superintendentes ou Gerentes Corporativos; e então o 5º – Executivo  Principal, CEO ou  Diretor.

Pois bem, os operadores são sempre em maior número, portanto, é a maior estrutura de pessoas nas empresas, sendo estes colaboradores os responsáveis pela operação da “máquina” (empresa). Em menor número, temos os líderes dos times (supervisores ou encarregados), portanto, em menor número que os operadores, e são os responsáveis  pelo acompanhamento direto do desempenho do time operacional em cada área do processo produtivo.

Acima destes, temos os gerentes de área ou departamentos, que têm a responsabilidade de liderar as equipes e conduzir as atividades, além de criar condições para que os supervisores em conjunto com os operadores alcancem as metas estabelecidas de produção, vendas etc. e, consequentemente, o orçamento. Acima destes, temos os gerentes corporativos ou superintendentes, que são os responsáveis pela motivação e/ou cobrança das equipes, de tal forma que sejam cumpridas as metas pactuadas ou orçamentos aprovados. Destes profissionais que exercem os cargos de gerentes corporativos ou superintendentes se espera, além do conhecimento operacional, a capacidade de fazer e conduzir o planejamento em conjunto com a alta gestão (executivo principal ou diretoria).  Enfim, são estes últimos os elos entre os sócios ou acionistas representados pelo executivo principal ou diretores e os trabalhadores de todas as áreas. Óbvio que, para cada nível que as pessoas atingem no processo do crescimento profissional, aumentam as exigências  de conhecimento, visão de longo prazo, capacidade de planejamento e o necessário equilíbrio emocional para que a empresa  possa prosperar com justiça, ética e demais princípios de governança, respeitando seus valores e história.

Finalmente, temos a posição do executivo principal ou dos diretores, pessoas estratégicas que devem ser a referência da postura e conduta a serem adotadas por todos os demais colaboradores e que, fundamentalmente, são os responsáveis pela velocidade em que a empresa atua. Dizemos que as empresas são sempre a “cara” de seus líderes em todos os níveis, ou seja, a organização ou desempenho do setor ou departamento é representada pelo nível de comprometimento e comportamento do supervisor, em conjunto com os colaboradores, assim como cada gerente imprime sua marca em conjunto com os supervisores e, assim, sucessivamente, os superintendentes ou gerentes corporativos, cada um na sua área de condução e planejamento.

Finalmente, as empresas quer seja na organização, limpeza, forma, simplicidade ou complexidade, representam a forma de pensar e agir dos seus diretores.  A posição real  e verdadeira é que a postura, a agilidade e o posicionamento de uma empresa dependem sempre da velocidade decisória, ação e comportamento de seus líderes, ou seja, quando os diretores são inseguros e demoram a decidir, o processo produtivo emperra e as consequências são sempre danosas.

Sabemos que muitas tentativas de gestão horizontal foram e continuam sendo testadas, entretanto, acredito que, como em qualquer família, alguém tem de ter a decisão final, que pode ser compartilhada, porém todos precisam saber o que pode e o que  não pode, o que é permitido e o que  não é permitido, o ônus e o bônus das ações ou falta de agir dos envolvidos em todos os níveis.

Quando as coisas são claras, combinadas e cumpridas entre as partes, verificamos uma redução das tensões e, então, o clima e o relacionamento tornam-se mais positivos e amistosos e, por consequência, podemos registrar menores problemas e incremento na produtividade. Portanto, basta lembrarmos sempre que: quem promete se compromete, logo, se prometeu, cumpra e, assim, serás reconhecido e considerado como uma pessoa respeitável e confiável nos relacionamentos pessoais e profissionais.

Vamos pensar nisso.