Na expectativa

Expectativa é a palavra que resume a situação econômica do país. O governo federal espera aprovar reformas que considera necessárias para que o Brasil “volte a andar”, enquanto empresários também esperam que a roda volte a girar.

O diretor da Unidade de Artefatos de Concreto da Romagnole, Valdenir Rodrigues, concedeu entrevista ao Jornal Agora e falou sobre o atual momento econômico e como a empresa tem se adaptado às mudanças.

Para Rodrigues, tanto empresários quanto consumidores tem segurado os gastos, mas há perspectiva de melhora para o cenário. Confira a seguir os principais trechos do bate-papo.

Jornal Agora: Como está hoje o momento da indústria de artefatos?

Valdenir: A Romagnole, como o resto do país, tem passado por um momento difícil da nossa economia, mas mesmo com toda essa dificuldade a gente tem feito um bom trabalho. As expectativas têm sido muito boas, então a gente continua andando na expectativa do governo aprovar as reformas para essa retomada do nosso país, e com isso os números na sequência melhorarem.

Existe uma expectativa, mesmo com a aprovação da reforma da Previdência agora em primeira em primeira votação, mas a economia ainda não começou a andar…

Então, todos os empresários ficam nessa expectativa, com medo de fazer esses investimentos, e o nosso segmento, no setor elétrico, depende muito de as concessionárias de energia fazerem os seus investimentos.

Estamos em uma fase estratégica, aquele período que todo mundo começa a planejar os orçamentos para os anos seguintes, soltarem as licitações dos contratos futuros, então fica toda essa expectativa da Romagnole, de participar desses pregões das licitações e realmente poder sair vencedores, e tem uma possibilidade de trazer para dentro de casa um volume grande de contratos.

Além disso, no setor privado existem os loteamentos, em que no nosso segmento de artefatos são os primeiros a serem instalados nas obras. No entanto, muitos empresários estão aguardando para soltar novos loteamentos, pois a população está com seu dinheiro preservado para comprar terreno e casa no futuro, mas segura o dinheiro com medo de perder o emprego, e isso acaba tendo uma consequência de travar a evolução da economia.

Existe alguma projeção de crescimento que pode se esperar ainda para esse ano?

No caso da Romagnole, a gente sempre trabalha com cenários. Nós temos equipes que acompanham o mercado e algumas ferramentas para projeção futura de vendas, então há sim essa perspectiva de crescimento. Acreditamos e trabalhamos pra isso.

*Entrevista publicada na 313ª edição do Jornal Agora