Mutação

É curioso como os gostos e o comportamento das pessoas vão se alterando ao longo dos anos, e das décadas, por consequência. E segmento em que atuo sente na pele essas transformações, para o bem, ou para o mal.
O rádio, então maior meio de comunicação do país, teve sua morte decretada com o surgimento da televisão, primeiro em preto e branco, depois colorida, uma verdadeira coqueluche. Ele não morreu, mas ficou com uma fatia menor que a que dispunha até então.
Jamais se imaginou que a televisão fosse perder espaço, tamanho seu poder e domínio, mas nada é eterno, e a vida é cíclica. Chegou a internet, que rapidamente revolucionou a forma com que as pessoas não só consomem informação e conteúdo, mas se comunicam também.
Os smartphones, as redes sociais, tudo vai se transformando em uma velocidade assustadora à medida que esses meios vão se aprimorando. A televisão perde espaço, a economia se adapta e as pessoas passam a comprar mais pela internet, e o comércio tradicional também necessita de uma adaptação.
O exemplo sintomático é o que novo “homem mais rico do mundo”, Jeff Bezos, é um comerciante das redes, que começou vendendo livros. Os chineses também crescem nesse comércio de maneira assustadora.
Tudo muda com a internet, gostos, costumes, hábitos, e essa transformação caminha de maneira avassaladora, até onde não sabemos. Algumas para o bem, outras nem tanto.
A internet democratiza, mas também liberta quem bem poderia continuar calado, vide as manifestações racistas, preconceituosas e violentas que acompanhamos cotidianamente nas redes. De forma curiosa, é essa gente que defende a perda de direitos e liberdade, talvez por não saber bem lidar com liberdade e respeito.