Moradores reclamam do estado de conservação do Terminal Rodoviário de Mandaguari

Na última semana, moradores procuraram a redação do Jornal Agora para reclamar sobre o estado de conservação do Terminal Rodoviário de Mandaguari.

Pesquisamos e constatamos que as obras mais recentes no local foram em 2013 e 2018. A primeira foi uma reforma total no espaço. À época, a rodoviária estava em condições precárias de uso e recebeu pintura nova e melhorias nos banheiros, tanto na parte interna quanto externa. No ano passado, foram duas obras. Em janeiro foi feito o recape no entorno do local, e em julho, reformas nos banheiros, com a troca de azulejos, pisos e portas.

Em uma das reclamações recebidas pela reportagem, uma moradora que não quis se identificar fez denúncias graves. “Enquanto aguardava meu ônibus ali, durante a noite, presenciei pessoas comercializando drogas. Foi desesperador,” disse.

Procurado, o secretário de Serviços Públicos do município, Leandro Garcia, recepcionou e acompanhou nossa equipe no Terminal Rodoviário. “Esse é um espaço muito frequentado pelos mais variados tipos de pessoas, o que requer uma atenção especial”, conta.

Não encontramos nenhum banco quebrado, mas algumas cadeiras individuais estavam danificadas. “Na última semana retiramos um banco para ser consertado. As cadeiras estão em condições de uso. Não são as melhores, mas podem ser utilizadas”, esclareceu.

“Temos uma zeladora em horário comercial de segunda à sexta e aos sábados e domingos por meio período. Também contamos com três guardas. Eles intercalam nos períodos da manhã, tarde e noite, todos os dias. Além disso, tenho que ressaltar o apoio imenso que recebemos da Polícia Militar, que, sempre que solicitamos, prontamente se desloca para cá, prestando apoio aos nossos guardas”, disse.

No dia da visita da reportagem, agendada de última hora com o secretário, o banheiro masculino estava limpo. “Infelizmente temos casos de vandalismo frequentemente, como portas riscadas e danificadas. Isso sem falar nas pessoas que agem na maldade, fazendo as necessidades no chão e jogando nas paredes, por exemplo. Tiramos o papel higiênico, pois molhavam e jogavam nas paredes e no teto. Mas basta procurar um funcionário que ele entrega o papel para as pessoas usarem”, explica.

Já o banheiro feminino, apesar de pichado, também estava conservado e com papel higiênico preso com corrente em uma cadeira. “Se você olhar bem na porta que dá o acesso ao banheiro, verá uma marca de pé. Pois tem dias que sujam e danificam tanto o espaço, que precisamos deixar trancado. Ao invés de pedirem a chave para poder usar, chutam e tentam arrombar”, afirmou.

Questionado sobre a denúncia de tráfico de drogas no local, Garcia reconheceu que o espaço é visado de uma maneira ruim. “Nossos guardas são patrimoniais. Algumas pessoas chegam alteradas, partindo para a agressão, e então acionamos a PM. Infelizmente elas são detidas por pouco tempo e acabam retornando. Mas tentamos coibir e acionamos as autoridades sempre que algo incomum acontece.”

Sobre a possibilidade de cercar o Terminal Rodoviário, como em Maringá, Garcia afirmou que essa não é uma possibilidade. “Para ser sincero, não há projeto para fecharmos a rodoviária. Conforme sentirmos a necessidade, pode vir a acontecer uma obra nesse sentido. Mas hoje, não é uma hipótese”, finalizou.

 

* Matéria publicada na 307ª edição do Jornal Agora