“Meu grupo é Mandaguari”

Candidata pelo PSC, Claudete Pereira Velasco da Conceição foi eleita vereadora com 509 votos. Ouvida pela reportagem do Jornal Agora, ela afirmou que, apesar de não ser da base da prefeita eleita Ivonéia Furtado (Cidadania), não vai defender a bandeira de um grupo partidário, mas sim a do município enquanto for legisladora. Confira a seguir os principais trechos da conversa. 

Jornal Agora: Claudete, passado o período de eleição, qual a sensação que fica? 

Claudete Velasco: Nossa, foi uma surpresa, uma alegria que eu não tenho nem palavras. Porque isso nunca passou pela minha cabeça, de ser candidata. 

Nesse ponto que iríamos chegar. Seu pai, Romoaldo Velasco, é ex-vereador. Sua família tem a política no sangue. Quando veio a sua inspiração para entrar na política?

Olha, meu pai sempre me fez esse convite, e eu sempre falava que não, que não era pra mim. Mas vieram muitos convites, então eu resolvi parar e pensar, para ver se era realmente isso que Deus queria para a minha vida. Comecei a colocar em oração, e Deus foi confirmando. Sempre uso a expressão, de que eu me via em um barquinho em alto mar e que não tinha como eu voltar, tinha que seguir, seria um desafio muito grande, mas eu encarei.

E você tem uma atuação religiosa destacada na comunidade Bom Pastor, inclusive. A comunidade te deu um suporte, não foi?

Sim, inclusive até ficou meio dividido, porque tinham outros candidatos da igreja, mas deu tudo certo graças a Deus.

E você realizou um trabalho de quantos anos na Agência do Trabalhador?

De concurso eu tenho 31 anos, de agência são quase 25 anos, e quase oito anos na gerencia da agência. Uma coisa que eu sempre gostei era de estar em contato com as pessoas, algo que eu tenho prazer é de ajudar. A gente sempre fica feliz quando encaminha para uma vaga e a pessoa agradece, um seguro desemprego que estava dando problema e de repente dá certo. Sempre apreciei estar em contato com o ser humano, servir, olhar olho no olho, correr atrás, algo que sempre gostei. 

E como você avalia a campanha e os últimos meses?

Tenho que falar que foi difícil. Eu tive o apoio da minha família, principalmente do meu pai, tanto que quando eu decidi ser candidata meu pai já estava fazendo campanha. Nem cheguei falar para ele, mas em alguns dias eu pensava “eu vou chegar lá e vou dizer que não quero mais ser candidata”, mas então ele vinha e falava “olha eu visitei aquele lugar, vai ser assim e estou esperando você lá”. Eu me calava, pensava “meu Deus, acho que é pra ser, não tem como eu voltar atrás mesmo”. Então foi uma campanha simples, humilde, de sol a sol com meu pai e o meu marido, e quando eu chegava aos lugares algumas pessoas já me conheciam, mas não sabiam que eu era candidata, o que deixava aquele contato mais gostoso, mas por outro lado, foi difícil, eu ouvi muito que não podiam votar por conta do partido.

Você não foi eleita na base da prefeita Ivonéia, porém a gente sabe que vocês têm uma relação pessoal boa, uma relação cordial, então como que você imagina que vai ser a sua linha de atuação, pelo menos nesse começo de mandato?

Muito tranquilo. Tenho que ver o que vai ser bom para Mandaguari, estar do lado que vai ser bom para a cidade. Não tenho grupo A e nem grupo B, meu grupo é Mandaguari. Eu agradeço as pessoas que confiaram em mim, que depositaram esse voto de confiança, foram 509 votos, também agradeço a minha família, que vestiu a camisa, e alguns amigos que também vestiram a camisa, e eu pretendo dar o meu melhor, para fazer Mandaguari continuar crescendo, com empregos, cursos, pois eu trabalho nessa área e vejo o quanto isso é preciso, melhorar a saúde e educação também.

*Entrevista publicada na 358ª edição do Jornal Agora