Dia do Quadrinho Nacional

No dia 30 de janeiro de 1869, Ângelo Agostini, um italiano naturalizado brasileiro começa a publicar no Jornal Vida Fluminense do Rio de Janeiro a série: As aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte, em forma de páginas duplas. A cada semana a história mostrava Nhô-Quim viajando de Minas Gerais para a corte do Rio de Janeiro.

Ângelo Agostini nasceu em 8 de abril de 1843 em Vercelli, região de Piemonte, na Itália, mas há relatos de que poderia ter nascido na Cidade de Fermo, em 12 de novembro de 1840. Com a morte do pai, Antônio Agostini, e as constantes viagens da mãe, a cantora lírica Raquel, Ângelo foi morar com sua avó na França, onde estudou Belas Artes. Chegou ao Rio de Janeiro em 1859, onde sua mãe se apresentava num dos teatros da corte. 

Em 1984, a Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas de São Paulo realizou uma pesquisa na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e verificou que o Brasil era pioneiro na publicação dessa linguagem. Depois da descoberta, a AQC-SP levou toda a documentação das pesquisas aos órgãos responsáveis para conseguir que esse dia, 30 de janeiro, entrasse no calendário oficial do Brasil como o Dia do Quadrinho Nacional.

E a partir de 1985 a data é oficializada como o Dia do Quadrinho Nacional e marca a produção nacional de histórias em quadrinhos, seus autores e obras. Anualmente, como parte das celebrações desta data, a AQC-SP organiza o Prêmio Ângelo Agostini, que tem o propósito de prestigiar os talentosos profissionais brasileiros que atuam na produção de histórias em quadrinhos.

Desde então, nosso país tem uma longa relação com os quadrinhos, a produção nacional passou por altos e baixos em seus mais diversos gêneros. Hoje, vive um momento de explosão criativa, com mais e mais obras sendo publicadas tanto por editoras quanto de maneira independente e atraindo um público diversificado.
 

* Coluna publicada na 288ª edição do Jornal Agora