Covid-19: Entenda porque há diferença de números entre boletins municipais e o estadual

Boletim divulgado pela Secretaria de Saúde de Mandaguari aponta que, até a última terça-feira (14), a cidade registrou 146 casos de Covid-19 e quatro óbitos causados pela doença. No entanto, os números diferem do boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), documento que aponta 60 casos confirmados da doença e três mortes.

REGIÃO – O boletim estadual ainda traz números que diferem dos informes municipais de outras cidades. Maringá, por exemplo, afirma que até a última terça-feira registrou 2.342 casos de Covid-19 e 32 óbitos. No boletim estadual, a Cidade Canção aparece com “apenas” 1.855 casos confirmados e 28 mortes causadas pelo novo coronavírus. 

Arapongas, por exemplo, traz em seu boletim diário mais atualizado o total de 604 casos confirmados e 15 mortes por Covid-19. No documento da Sesa são mostrados 430 casos e 13 mortes. 

CAPITAL – A divergência aparece também em números da capital do estado, Curitiba. No boletim municipal, há 10.673 casos confirmados e 287 mortes, enquanto no documento da Sesa Curitiba tem 9.532 positivos e 285 mortes.

SESA – A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde para apurar o motivo da defasagem nos números. Ao Portal Agora, a Sesa informou que os dados disponibilizados no boletim estadual são compilados até às 12h de cada dia, e após este horário o LACEN continua a lançar os exames no sistema, e muitos boletins municipais são fechados em horário posterior ao da Sesa. 

Além disso, casos que são diagnosticados através do teste rápido, não são encaminhados ao LACEN, e portanto, para que constem no boletim estadual, é necessário que estejam notificados e encerrados no Sistema NotificaCOVID19, tarefa essa de atribuição municipal. Neste sentido também pode haver divergências, uma vez que o município é o próprio executor do Teste Rápido e é detentor desta informação, até que informe o nível estadual pelo sistema supracitado”, diz a secretaria em nota enviada à reportagem. 

Ou seja, segundo a Sesa, os números que estão nos boletins municipais são, de fato, os mais atualizados, e cabe a cada secretaria notificar o Estado.