Até que enfim

Demorou, mas acabou. A Sanepar anunciou na última semana a conclusão das obras de ampliação do sistema de abastecimento de água em Mandaguari. O trabalho durou aproximadamente um ano, período em que os mandaguarienses tiveram a paciência testada.

Em entrevista ao Jornal Agora, Heterley Ubaldo, gerente geral da Sanepar Noroeste, confirmou o fim das obras e disse que não estão previstas novas interrupções no fornecimento de água na cidade. “Fizemos a lavagem das redes de distribuição de água em alguns bairros, e com isso está tudo pronto”. 

Obra foi complexa,  avalia empresa
A ampliação do sistema de abastecimento de Mandaguari teve investimento de R$ 8,37 milhões, de acordo com a Sanepar. O empreendimento contemplou a implantação de mais de 15 mil metros de tubulações em, praticamente, toda a cidade. Incluiu também a colocação em operação de mais um poço artesiano, interligado à estação de tratamento de água por meio de uma adutora com 670 metros de extensão.

Houve também a construção de um reservatório apoiado com capacidade para um milhão de litros de água, implantação de Estações Elevatórias de Água Tratada e implantação de válvulas redutoras de pressão, além de obras elétricas. “Com essa obra, estamos preparando o sistema de abastecimento de Mandaguari para o crescimento populacional dos próximos 20 anos. Com isso, a cidade não deve ter problemas de racionamento nas próximas décadas. Foi uma obra muito complexa, e por isso demorou todo esse tempo”, declara Heterley.

Reclamações
O período em que as obras da Sanepar foram realizadas foi marcado por uma série de transtornos. Entre as reclamações feitas por moradores estavam os frequentes cortes no abastecimento de água por conta das atividades da empresa.

Em novembro de 2018 a cidade chegou a ficar cinco dias sem água por conta de problemas na distribuição feita pela Sanepar. A situação rendeu até mesmo ação coletiva de consumidores exigindo ressarcimento por conta dos dias que ficaram sem água – crise semelhante ocorreu em 1991, quando uma represa nas proximidades da Granja Figueiredo, onde era jogada cama de frango para alimentar peixes, rompeu. A água contaminou a nascente do Ribeirão Caitu, fazendo com que a captação fosse interrompida por vários dias. 
Outra reclamação recorrente era de que a empresa contratada pela Sanepar para efetuar as obras abria buracos no asfalto em determinadas regiões e demorava para tapá-los. 

Enquete
A reportagem fez uma enquete com leitores do Jornal Agora e do PortalAgora.com, e a pergunta foi “Para você, as obras da Sanepar trouxeram mais transtornos ou benefícios?”. Das 166 pessoas que participaram da enquete, 110 (66%) avaliam que houve mais transtornos, enquanto 56 leitores e leitoras (34%) disseram que houve mais benefícios.