Os personagens que deram nomes às ruas de Mandaguari

Conforme está registrado no livro Mandaguari: sua história, sua gente, os critérios adotados pela Cia. de Terras Norte do Paraná para denominar as praças e vias públicas eram atribuídos na grade maioria das vezes aos funcionários ligados a topografia.

Em Mandaguari os nomes das ruas vieram em grande parte de córregos e rios existentes nas proximidades do patrimônio, salvo algumas exceções. Porém a Lei 1/50 de agosto de 1949 por sugestão do vereador Dr. Ari da Cunha Pereira foi formada uma comissão para fazer um estudo para que fossem trocadas as denominações das ruas.

Entre as sugestões feitas pelos edis da época estava a troca do nome da Avenida Amazonas, que por sugestão do vereador Raul Moletta receberia o nome de Dr. João Candido. A proposta foi rejeitada e o nome foi mantido por ser a principal artéria da cidade, e na época já era muito conhecida. No entanto, anos antes a Rua Cinzas deixou de existir para ser uma extensão da Avenida Amazonas. Contudo, levou alguns anos e algumas legislaturas para que as trocas de nomes fossem realmente feitas.

A reportagem do Jornal Agora fez um pequeno levantamento para saber quem são as pessoas que dão nome a algumas ruas da cidade.  

João Ernesto Ferreira, foi prefeito em duas ocasiões, sendo que a primeira entre os anos de 1953 a 1955, substituindo Élio Duarte Dias que era presidente do Executivo que ocupou o cargo depois que o prefeito Antonio Sinézio da Cruz renunciou.

Assumiu pela segunda vez o Executivo entre os anos de 1959 e 1963, nesse segundo mandado se destacou com a construção de várias escolas na zona rural do município.

Padre Antonio Lock, foi um dos responsáveis pela construção do prédio em alvenaria da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Considerado um empreendedor incansável além da nova igreja matriz ajudou a construir várias capelas no município.

Deixou Mandaguari em abril de 1958 sendo substituído pelo Padre Bernardo Greis.

Dr. Rufino Ribas Maciel, nascido em Palmas, formado em medicina pela Faculdade do rio de Janeiro. Antes de vir para Mandaguari foi chefe do Dispensário Anti-venéreo de Guarapuava.

Na cidade exerceu a medicina nos tempos difíceis na fundação de Mandaguari, além de ter um grande envolvimento com movimento literário. Faleceu em 3 de marco de 1949.

René Herbert Táccola, nasceu em 1915 na cidade de São Paulo, filho de José Táccola é irmão da Dra. Renata Yara Hernandes.

René Táccola faleceu em junho de 1942, quando cursava o sexto ano de medicina, ao testar um avião a convite de parente de Getúlio Vargas.

Manoel Antunes Pereira, chegou em Mandaguari em 1944, onde trabalhou como gerente da Cooperativa Agropecuária Labor. Com a instalação da comarca, assumiu como Escrivão do Crime e Oficial do Registro Civil, exerceu as duas funções até sua morte em 8 de julho de 1955.

Tertuliano Guimarães Júnior, foi eleito vereador na primeira legislatura de Mandaguari entre os anos de 1948 e1951. Participou das comissões permanentes existentes naquele período.

José Ferreira “Nhô Belo”, foi um dos grandes comunicadores mandaguariense, dedicou 35 anos de sua vida ao rádio. Faleceu em agosto de 1993 e a então Rua São Paulo recebeu o seu nome, no local fica a Rádio Guairacá.