Vice do COI afasta dúvidas sobre os Jogos: “Meu instinto sente que vamos ter Olimpíadas sim”

A pouco menos de um ano para a realização das Olimpíadas de Tóquio, muitas incertezas persistem devido à evolução da pandemia do coronavírus. É possível garantir um ambiente seguro para os Jogos? Vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) e presidente da Comissão de Avaliação do COI para os Jogos de Tóquio, o australiano John Coates afasta as dúvidas e confia que as Olimpíadas vão ter a abertura no dia 23 de julho de 2021.

– Devemos aos atletas garantir que as Olimpíadas aconteçam e uma geração de atletas não perca a oportunidade dos participar dos Jogos. Estou trabalhando muito nisso, e meu instinto sente que vamos ter Olimpíadas sim – disse Coates, em entrevista à agência de notícias “Reuters”.

O COI e o Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio trabalham para replanejar tudo depois do adiamento das Olimpíadas para 2021. Todas as instalações tiveram contratos renovados, mas ainda há muitas perguntas sem respostas. Uma delas é: como garantir que os Jogos não se tornem um epicentro de disseminação do coronavírus? A ausência de torcedores é apontada pelo COI como última alternativa.

– A torcida é uma parte importante disso, e está muito no nosso planejamento manter a torcida – disse John Coates.

 Além de lidar com o coronavírus, Tóquio precisa equilibrar as finanças. Especialistas estimam que o valor adicional provocado pelo adiamento dos Jogos gire em torno de US$ 2,7 bilhões (mais de R$ 14 bi na cotação atualizada). Assim, o custo total das Olimpíadas pode ultrapassar os US$ 16 bilhões (mais de R$ 83 bi). Por isso, o Comitê Organizador propôs 200 medidas para simplificar os Jogos.

– Nem todas serão adotados, porque temos que garantir que eles não afetem atletas e esportes e que sejam aceitáveis ​​para os dois lados, mas estamos trabalhando com essas medidas – disse Coates.

Para o vice-presidente do COI, essa simplificação dos Jogos proposta por Tóquio deve se tornar um padrão para as próximas edições das Olimpíadas. A “Agenda 2020” do COI prevê a diminuição dos custos e da magnitude dos Jogos.