Governo se prepara para Olimpíadas apenas com torcida residente no Japão, diz jornal

O governo de Tóquio está se preparando para realizar Olimpíadas apenas com público residente no Japão, sem a presença de torcedores que morem no exterior. A informação foi publicada nesta quarta-feira pelo jornal japonês The Mainichi, atribuindo a fontes do governo. Uma decisão definitiva deve ser anunciada até o fim deste mês.

A organização trata a presença de público como possível apesar da pandemia de Covid-19, desde que haja limitação do número máximo de espectadores em cada arena, além de medidas adicionais como controle de temperatura etc. O crescimento das taxas de contaminação de variantes do novo coronavírus, no entanto, assustou as autoridades japonesas.

O cenário foi otimista até dezembro de 2020, quando um relatório conjunto do Comitê Organizador Tóquio 2020 previu a possibilidade de receber um número limitado de visitantes estrangeiros. Mas as mutações do vírus geraram um maior controle das fronteiras para evitar que elas cheguem ao território japonês.

– Nas atuais circunstâncias não podemos aceitar espectadores de outros países – disse uma das fontes do Mainichi.

Mesmo que se confirme a previsão de autorização apenas para torcedores residentes no Japão, eles terão uma série de restrições de comportamento. No código de conduta divulgado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) há orientações para que os fãs não gritem nem cantem durante os eventos.

Vale lembrar que as cartilhas divulgadas pelo COI afirmam que a vacinação não será obrigatória para os envolvidos nos Jogos de Tóquio, mas que é encorajada pela entidade a todos que tiverem a oportunidade de se imunizar. A vacina, porém, não isenta nenhum participante de seguir todos os passos da cartilha divulgada em fevereiro.

Na próxima semana terminaria o estado de emergência vigente na região de Tóquio, mas o governo japonês deve ampliar o período de restrições. O Primeiro Ministro Yoshihide Suga se mostrou favorável a mais duas semanas de controle mais rígido para evitar o crescimento da Covid-19 no país.

Encontrou alguma informação errada ou erro de digitação? Clique aqui e avise a redação do Portal Agora