COI e organizadores reúnem mais de 200 ideias para simplificar Olimpíadas de Tóquio

O Comitê Olímpico Internacional e os organizadores das Olimpíadas de Tóquio reuniram mais de 200 ideias para simplificar a realização dos Jogos no ano que vem. As sugestões são uma tentativa de reduzir o impacto econômico causado pelo adiamento do evento para o ano que vem. As informações são da agência de notícias “Kyoto”.

O comitê organizador vai revisar cada item da lista e a comissão de coordenação do COI deve entregar uma proposta final em na reunião de executivos em setembro, depois de discutir com as federações internacionais de cada esporte. Nesta quarta-feira, o COI vai realizar uma reunião entre o presidente Thomas Bach e membros da entidade para discutir como encarar o adiamento dos Jogos, marcados para julho do ano que vem por conta da pandemia do coronavírus.

O COI quer tentar diminuir os custos em vários aspectos dos Jogos, inclusive em sedes e transportes. As federações esportivas já foram informadas que as sedes de competição e o calendário serão confirmados ainda no meio deste ano. Por outro lado, o Japão também planeja reduzir o número de espectadores e o tamanho das cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos.

Nesta semana, Yuriko Koike, governadora de Tóquio, disse acreditar que vai ser preciso um acordo internacional de viagem para o Japão receber com segurança atletas e torcedores de todo mundo. Ela também afirmou crer que um período de quarentena pode ser necessário. – Uma pré-condição básica para as Olimpíadas é que todas as pessoas do mundo possam vir a Tóquio – disse Koike, em entrevista ao “Financial Times”.As Olimpíadas estão agendadas para serem realizadas entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021. No entanto, não se sabe como a pandemia do coronavírus vai evoluir e se vai estar controlada no ano que vem. Atualmente, estrangeiros de 111 países estão proibidos de entrar no Japão por causa do coronavírus.

O vírus atingiu mais de 7,1 milhões de pessoas em todo mundo, provocando mais de 406,5 mil mortes. O Japão registrou pouco mais de 17 mil casos e 916 óbitos.

Na semana passada, Toshiaki Endo, um dos vice-presidentes do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, previu março como mês crucial para definir se as Olimpíadas vão ser viáveis. O belga Pierre-Oliver Backers, membro do Comitê Olímpico Internacional, reforçou essa previsão sobre a decisão final dos Jogos, apesar de John Coates, vice-presidente do COI, ter afirmado que essa decisão deve ser tomada bem antes, já em outubro. Presidente do COI, o alemão Thomas Bach já admitiu que não há plano B para as Olimpíadas. Se a pandemia do coronavírus não permitir a realização do evento entre 23 de julho e 8 de agosto, os Jogos serão cancelados. Bach, porém, evitou condicionar a realização das Olimpíadas à descoberta de uma vacina para o vírus.

 O COI paga pelo seguro no caso de um cancelamento de uma edição dos Jogos. Mas ainda não está claro se o mesmo plano com as seguradoras cobre o adiamento de uma Olimpíada por causa de uma pandemia. O COI disse no mês passado que reservou US $ 650 milhões (atualmente R$ 3,4 bi) para cobrir seus próprios custos extras potenciais para o adiamento.