Atlético cortou salários em 25%, deve a time, Sampaoli e quer ajuda da CBF

Os salários do Atlético foram reduzidos em 25% no início da quarentena pela pandemia de coronavírus no Brasil, mesmo assim estão em atraso. Para pagar a dívida contraída em 2014 pela aquisição de Maicossuel, o Galo deixou de quitar o equivalente a mais de um mês e a situação segue difícil.

O blog entrou em contato com o presidente Sérgio Sette Câmara, que admite: o clube não está em dia sequer com o técnico argentino Jorge Sampaoli, contratado há apenas 84 dias para treinar o time profissional. O dirigente sugere que a CBF ajude os clubes em meio à crise.

Qual a situação dos salários dos atletas?
Estamos viabilizando o pagamento para os próximos dias. Mas inegavelmente, a permanecer essa situação de paralisação por mais um ou dois meses, os clubes terão muitos problemas. Todos!

A CBF deveria socorrer?
Você não acha que a CBF poderia ao menos viabilizar uma linha de crédito para ajudar os clubes? Seria um empréstimo para ser pago em descontos no decorrer desse ano e 2021. Se algo não for feito, não tem milagre. Sem absolutamente nenhuma receita, os clubes do futebol brasileiro não conseguirão honrar pagamentos de todo gênero.

O pagamento do Maicosuel pesou em quanto nessa situação?
Daria para ter quitado quase duas folhas de pagamento, incluindo atletas, comissão técnica e funcionários.

Os salários do técnico Jorge Sampaoli e sua equipe estão em dia?
Até o fim do mês a intenção é colocar todos em dia.

Então o dele também está em atraso?!
Estamos com atraso no pagamento de todos os funcionários. Mas nos esforçando para minimizar essa situação. Praticamente todos os clubes estão. E vai ficar pior. Se o futebol continuar sem receitas vamos todos para o buraco.

O senhor procurou a CBF?
Conversei com eles. Não se trata de pedir um dinheiro. Mas viabilizar, para todos os clubes que solicitarem, uma linha de crédito. Banco nem governo irão fazer isso. Mas quem sabe CBF, com garantia de recebível Globo? Enfim, é apenas uma possibilidade.