Qual é o seu propósito?

Dedicar tempo a descobrir a sua causa é apenas o início da jornada. Depois vem a parte difícil. Precisamos agir em função disso e lhes dar vida.

 Gilclér Regina

Lembra de quando aprendeu a andar de bike? Você se sentiu desajeitado no começo, tentava se manter equilibrado, as vezes experimentava o freio e é provável que tenha caído várias vezes. Os mais antigos devem se lembrar, andavam de bike e, pequenos que eram, iam por debaixo do cano das antigas bikes. Porém, em pouco tempo, já estava lá, descendo a rua com velocidade sem sequer pensar no que estava fazendo.

Quando você encontra UMA CAUSA não é nada diferente disso. Quando você PEGA O JEITO, é tão natural quanto andar de bike. Esse é o jeito de cada um, na formação de um todo, que ajudam a mudar o mundo inspirando pessoas a fazer a mesma coisa.

Depois de conhecer o seu PROPÓSITO, você tem a escolha de vivê-lo todos os dias, realizar ações condizentes e alinhadas com o que você diz.

Afinal, se você disser uma coisa e fazer outra, com frequência, o mercado não perdoa, não tolera e perde a confiança em você.

Ter propósito é ter uma causa pela qual lutar. É saber o porquê você faz o que você faz. O “que” e o “como” geralmente é fácil explicar. O porquê é a questão.

Quando as pessoas fantasiam sobre o que querem fazer e sobre quem querem ser, com frequência não investigam com profundidade suficiente para saber se suas escolhas são condizentes com a realidade.

As pessoas acham que querem trabalhar com finanças porque sabem que isso dá dinheiro, ou querem ser médicas porque é uma profissão de alto respeito. Mas elas seguem em frente sem ter a ideia se essas profissões são adequadas – se elas vão gostar do processo, do ambiente, da energia do trabalho ou se tem algum talento para ele.

Então pergunto: O que é então o SUCESSO para ter esse propósito? Penso que sucesso é ter motivo para levantar toda manhã e se sentir comprometido com a própria vida. Então o propósito deste sucesso é CAMINHO e não o ponto de CHEGADA. É sentir falta das pessoas queridas, pessoas que você ama e fazer falta também. Sucesso é viver o roteiro de seu filme, isto é, de sua vida

Uma pergunta recorrente que me fazem: Diante dessa corrida da vida e cheia de obrigações, como arrumar espaço, inclusive emocional, para ir atrás dos nossos sonhos, realizar nossos anseios pessoais? Creio que pela visão da “Inteligência Emocional”, inclusive tema de um de meus livros, essa “corrida” e essas “obrigações” deveriam dialogar com seus “anseios pessoais e sonhos”

Não vejo problema no esforço, no sacrifício e em algumas privações por metas mais elevadas. O problema é viver limites que não parecem ter sentido ou fim.

Lembro-me de uma conversa em casa há muitos anos, eu tinha acabado de lançar meu primeiro CD Motivação & Sucesso, um álbum de mensagens com fundo musical. O pessoal de casa estava com o receio de que eu passasse vergonha no mercado. Mas eu continuei e no final das contas foram 7 edições do álbum, 118 mensagens e milhões de cópias vendidas. O que aconteceu aqui? Eu substituí o medo pela fé. Se tem um conselho que eu posso te dar é esse: Não permita que as limitações do mundo limitem as suas.

Mas, fundamentalmente falando em PROPÓSITO, poderia ter o outro lado da história, poderia não ter dado certo. Certas diferenças podem enriquecer, seja uma relação, seja um negócio. Preciso aceitar diferenças de VISÃO DE MUNDO e até a chance de errar. Mas aqui entra também a ética. Errar faz parte mas persistir no erro não.

A verdade, nua e crua, no mundo de hoje, ter propósito é ter uma crença maior na vida e nas coisas boas. Com tanta gente boa no mundo, por que insistir com gente ruim? Seja na política, no trabalho ou nos relacionamentos. Porque a maioria é gente do bem e não são eles que provocam a violência, seja urbana, seja dentro das famílias, seja em Marte.

E ter propósito, certamente melhora sua vida e a do seu semelhante. Você está aqui neste planeta para viver melhor, mas pode ajudar outros a também participar desta jornada.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

(Artigo publicado na edição 383 do Jornal Agora)