Pepino

E quando parecia que estava tudo calmo na política local, eis que surge a denúncia de que a Secretaria Municipal de Agricultura teria utilizado equipamentos e servidores públicos para atender interesses particulares. De acordo com a denúncia feita por um morador, a Prefeitura teria realizado obras de melhoria no carreador de uma propriedade rural que está arrendada para familiares de um dos diretores da secretaria em questão. A ação foi registrada em fotografias e filmagens.

MP e CPI

O caso já estava sendo analisado pelo Ministério Público e na última segunda-feira a Câmara aprovou a criação de uma CPI para apurar os fatos. Sem dúvida, é uma dor de cabeça extra para a prefeita Ivonéia, que nas próximas semanas deve se licenciar do cargo e viajar ao exterior.

Embate

De um lado, vereadores que votaram favoráveis à criação da CPI afirmam que a Câmara não pode se omitir diante das denúncias e das provas apresentadas. Em contrapartida, parlamentares da base aliada dizem que o procedimento é desnecessário, pois a Prefeitura teria agido dentro da legalidade. Em nota, a Prefeitura afirmou que a CPI “não tem fundamento” e que os vereadores que buscaram informações sobre o caso junto ao Executivo tiveram acesso aos documentos que comprovariam a legalidade dos atos.

Documentos

A coluna solicitou as cópias desses documentos ao departamento de Comunicação da Prefeitura. A resposta foi que, por conterem dados pessoais dos beneficiados pelos serviços, o fornecimento precisa ter a concordância dos envolvidos, mas dois deles ainda não haviam dado esta autorização. Também foi pedido que a assessoria de imprensa da Câmara enviasse as fotos que mostram as supostas irregularidades, porém não tivemos resposta.

Precedente

Se comprovadas as denúncias, a prefeita, o filho dela que é o secretário responsável pela pasta da Agricultura, e o diretor cuja família teria sido beneficiada, poderão ter problemas. O ex-prefeito Cileninho, por exemplo, foi processado e chegou a ter os direitos políticos suspensos porque quando estava à frente da administração municipal, maquinários da Prefeitura fizeram a terraplanagem do terreno onde uma grande empresa se instalou. Neste caso, não havia nenhum vínculo familiar entre os agentes públicos e o cidadão beneficiado e o empreendimento em questão gerou centenas de empregos. Mesmo assim a Justiça não perdoou.

Resgate

Com esta decisão da Câmara, Ivonéia entra para o holl dos chefes do Executivo local que foram submetidos à uma CPI. Dos prefeitos eleitos a partir de 1980, só Antônio Galera, Carlos Alberto Campos de Oliveira e Ari Stroher não enfrentaram este problema. Um documento que circula em grupos de whatsapp nos últimos dias mostra que em 2005 Ivonéia integrou uma dessas CPIs para investigar o prefeito da época.

“Precioso”

Se a ideia era chamar a atenção, a peça publicitária feita pela Prefeitura de Mandaguari para divulgar a campanha de prevenção ao câncer de próstata alcançou o objetivo. O material gerou comentários até entre profissionais de comunicação que atuam na capital do estado, porém as avaliações não foram as melhores.

Boca Aberta

Agora sem mandato, o ex-deputado Boca Aberta continua colecionando derrotas na Justiça. A mais recente delas foi num processo movido contra um jornalista de Londrina que noticiou um ato bizarro cometido por ele.

O fato

Em julho do ano passado o então deputado protagonizou uma das cenas mais patéticas e vulgares já vistas na política paranaense. Acompanhado de sua trupe, o então deputado adentrou o Paço Municipal de Londrina sob pretexto de entregar recursos referentes a uma emenda parlamentar. No local, diante das câmeras que registravam a algazarra, Boca Aberta simulou a prática de sexo anal com um cartaz que mostrava uma foto do prefeito Marcelo Belinati em tamanho real. O vídeo da baixaria está disponível abaixo.

O processo

Dias depois, o então deputado abriu processo contra o jornalista que divulgou o acontecimento deplorável. Na primeira instância a ação foi considerada improcedente. Ele recorreu e perdeu novamente no Tribunal de Justiça. Não contente, Boca Aberta ainda abriu novo processo contra o mesmo jornalista e outros profissionais que haviam divulgado a decisão judicial.

Admiradores

E apesar do comportamento esdrúxulo, de já ter sido cassado e de colecionar processos e condenações este cidadão continua usando dinheiro público para se promover politicamente. Recentemente ele passou por Mandaguari e foi recebido com honras por algumas autoridades.

Denunciado

E o deputado federal Ricardo Barros, que já foi vice-líder de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma na Câmara Federal, Ministro de Temer e atualmente é o líder de Bolsonaro na Câmara, está sendo mais uma vez acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com o Ministério Público, ele teria recebido R$ 5 milhões em propina durante uma negociação da Copel para compra de duas empresas de energia. O caso teria ocorrido em 2011, quando Barros era secretário estadual de Indústria e Comércio.

Doações e loteamento

Uma parte das propinas teria sido repassada ao deputado via doações eleitorais legalizadas e o restante por meio de empresas de sua propriedade e de pessoas com as quais possui ligação. Ainda segundo a acusação, os recursos teriam sido aplicados em um loteamento imobiliário que rendeu quase R$ 3 milhões de lucro ao parlamentar. Ele nega as irregularidades e acusa o Ministério Público de praticar “ativismo político”.

Inusitado

Pode ser difícil de acreditar, já que o mais comum é ouvirmos críticas, mas em alguns setores ou em determinadas ocasiões a qualidade e a eficiência dos serviços públicos superam muito o atendimento dispensado por instituições privadas. Palavra de quem teve sentiu isso na pele por mais de uma vez nas últimas semanas. Em breve retornaremos ao assunto.

Pedágio x eleição

Há 25 anos já se sabia que hoje seria o último dia de vigência dos atuais contratos de concessão das rodovias paranaenses. Mesmo assim, o processo para escolha das novas concessionárias não ocorreu em tempo hábil e a cobrança de pedágio nas rodovias do anel de integração ficará suspensa por mais ou menos um ano. Alguém acredita que é mera coincidência o período de cancelas abertas ser justamente o mesmo em que o governador, presidente da república e deputados estarão em campanha pela reeleição?

Dor de cabeça

Quem utiliza os TAGs para passar no pedágio pelas cancelas automáticas vai enfrentar uma verdadeira saga para conseguir cancelar o serviço junto a operadora. Este colunista tentou isso ontem, sem sucesso, e percebeu que esta não será uma tarefa simples.

Destaques

Romagnole e Minorgan (Grupo Superbac) foram as duas empresas de Mandaguari citadas no anuário “500 Maiores do Sul” publicado pela Revista gaúcha Amanhã. A publicação traz o ranking das maiores empresas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul a partir das informações disponíveis nos balanços anuais dessas companhias.

Conselheiros

Foi publicado esta semana o decreto nomeando os novos titulares e suplentes do Conselho de Administração da Fafiman. São eles: Eduardo Abílio Rifan Nunes, Murilo Meleiro, Selma Bertolini, Matheus Siemens Gonçalves, Márcia Mourão, Eliete Souza Da Silva Ferreira, Sílvia Pelloso e Sílvia Cruz.

Curadores

Também foram nomeados os novos integrantes do Conselho de Curadores da instituição, que passa ser formado por Fábio Sukekava Júnior, Maria Inês Botelho e Jalvino Américo De Oliveira. Eles terão como suplentes Ana Rita Martins Rodrigues, Maria Vaz de Lima Ramalho e Fátima José Bele Munhoz.

Diretor

Ainda sobre a Fafiman, apenas um candidato a diretor, Ivan Moraes, e um candidato a vice, Antônio Carlos Xavier disputaram a eleição realizada pela faculdade no último dia 19. Ivan já foi vice-diretor da instituição entre 2002 e 2005 e diretor entre 2006 e 2013. Xavier, que é o atual diretor, também já foi vice entre 1998 e 2001. Apesar de terem vencido a eleição, a decisão final caberá à prefeita, que ainda terá a opção mais dois nomes que serão indicados pela instituição para formarem a lista tríplice.

Pra depois

Faltando pouco mais de duas semanas para se encerrar o período legislativo, não há sinais de que a Câmara de Mandaguari colocará em votação este ano o pacote de leis que compõem o novo Plano Diretor. Esta novela se arrasta desde 2019 e as partes envolvidas ou interessadas não conseguem chegar a um denominador comum. Enquanto isso, vários investimentos programados pela iniciativa privada não saem do papel porque a legislação vigente não permite.

Maringá

Volta e meia são anunciados alguns mega empreendimentos em Maringá que acabam nunca saindo do papel. Foi assim com a fábrica de aviões e helicópteros, indústrias e até um terminal de transporte coletivo “intermodal” que só recebe ônibus. A bola da vez é uma montadora de carros elétricos que, segundo divulgado esta semana, pretende se instalar na cidade.

Estranho

Trata-se de uma empresa nacional e o modelo de veículo que foi apresentado promete rodar até 400 quilômetros com uma carga de bateria. Em relação a aparência, pode se dizer que o carro é bem estranho. Olhando de frente, dá a impressão que ele é feio e olhando de lado ou por trás a impressão é a mesma de quando se olha de frente.