Pesquisadores do Paraná descobrem planta que pode ajudar na perda de peso e na redução de gordura no fígado

 Um estudo preliminar realizado por pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo, no Paraná, indicou que a planta Picramnia excelsa, conhecida como cedrico, pode estar associada a benefícios como perda de peso, maior controle dos índices glicêmicos e menor acúmulo de gordura no fígado. Os autores chegaram ao resultado por meio de testes em animais.

O uso de plantas que beneficiam a saúde não é uma prática recente. Ana Flávia Marçal Pessoa, pós-doutoranda do Departamento de Cirurgia LIM26 da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora da especialização em Fitoterapia e Plantas Medicinais, explica que as plantas medicinais ou medicamentos fitoterápicos são espécies vegetais utilizadas com propósitos terapêuticos.

— Elas podem ser consumidas frescas ou secas, em sua totalidade ou partes da planta, como flores, frutos ou folhas. A infusão ou chá é a principal maneira de prepará-las — explica Ana Flávia: — Elas também são a base para o desenvolvimento de diversos fármacos.

Outro estudo recente mostrou que o consumo de gengibre também pode estar associado ao controle da diabetes mellitus do tipo 2. De acordo com a tese de doutorado defendida na Universidade Federal do Ceará (UFC), pacientes que ingeriram 1,2 grama de gengibre em pó por dia, no período de três meses, tiveram taxas de glicemia e os níveis de colesterol reduzidos.

A pesquisadora Ana Flávia Marçal Pessoa pondera, no entanto, que é preciso ter cautela no uso desses produtos de forma indiscriminada, pois o consumo pode levar a reações adversas.

— Principalmente pacientes com doenças hepáticas e renais devem ter cuidado com o uso destes produtos, que embora sejam naturais, fazem muito mal ao organismo se não forem utilizados de maneira racional — alerta.

Ela explica também que o consumo de diferentes plantas medicinais e fitoterápicos ao mesmo tempo, assim como a interação com medicamentos alopáticos, podem contribuir para efeitos adversos. Por isso, é recomendado procurar sempre a orientação de um profissional de saúde habilitado. Além disso, Ana Flávia afirma que o tempo máximo de uso desses produtos é de três meses. Alguns podem ser indicados por profissionais de saúde de forma geral, enquanto outros precisam de prescrição médica. Há disponilibidade no SUS.