De Sherlock até Bom Dia, Verônica! A evolução da ficção policial

Quando o assunto é ficção policial, pensamos imediatamente em séries americanas, como CSI, Law and Order e Criminal Minds, ou então em personagens clássicos da literatura estrangeira, como Sherlock Holmes e Hercule Poirot. Mas o gênero é também muito forte no Brasil – e, aqui, ele tem características próprias.

O gênero chegou com força por aqui muito tempo depois de se popularizar no exterior. Enquanto o Reino Unido se encantou com a ficção policial com as histórias de Agatha Christie e Arthur Conan Doyle no final do século XVIII e início do XIX, os leitores brasileiros foram se aventurar nestas tramas intrigantes e misteriosas só na década de 1970, sobretudo nas obras de Rubem Fonseca e da Patrícia Melo.

Claro que as narrativas se inspiraram em elementos que ficaram clássicos na produção britânica e americana – a figura do detetive talentoso, mas com tendências autodestrutivas, por exemplo -, mas há ingredientes tipicamente brasileiros. Afinal, como em todo gênero, as coisas mudam conforme a realidade em que são produzidas. A desconfiança do brasileiro da lei é uma das características do leitor brasileiro que influenciaram nossa abordagem ao gênero, segundo o autor Raphael Montes.

Para saber mais sobre as especificidades da ficção policial no Brasil, Arthur Eloi entrevistou Montes, que lançou neste mês a série Bom Dia, Verônica na Netflix, e o elenco da série; assista no topo da página.