Ana Maria Braga revela que quebrou o braço ao fugir de assédio sexual

Foi ao ar nesta última segunda-feira, 21, a entrevista com Ana Maria Braga no programa “Roda Viva“, da TV Cultura. Na conversa, Ana conta um episódio de assédio sexual em que ela sofreu no passado por um diretor de TV, a qual ela não quis revelar a identidade.

No relato, a apresentadora da TV Globo, revelou que ao fugir do assédio sexual, ela correu em direção às escadas e acabou rolando por um andar, o resultado final foi um braço quebrado e o ex-chefe sem punição pelo o que tinha feito.

“O assédio não foi feito fisicamente porque eu estava na sala de um diretor. Ele tinha pedido um projeto para mim, que ia ser muito bom para a televisão brasileira. Fiz um projeto lindo. Fiquei 15 dias trabalhando no projeto. Acreditando que eu pudesse sair do programa da tarde e ter um programa a noite na televisão”, disse.

Na ocasião, o homem teria dito que ela poderia ser a nova Hebe Camargo, no sentido de ser muito conhecida pelo Brasil inteiro e ser referência na televisão brasileira. “Ele tinha me dito inclusive: ‘Você pode ser a Hebe Camargo amanhã. Dependendo do que você [fizer]’. A Hebe já era a Hebe Camargo. Eu fiz um belo projeto jornalístico e levei”, lembrou.

Sozinhos na sala do profissional, Ana Maria se viu em uma situação assustadora. “Quando levei [o projeto], ficou na mesa dele. Ele me olhou, levantou da mesa e veio para cima de mim. Fiquei absolutamente estupefata. Ele falou: ‘Olha, venha cá'”.

A denúncia

Depois de um tempo do acidente, Ana decidiu que iria denunciar o diretor. “Eram os Diários Associados na época. Eu fui e marquei uma reunião lá na rua Sete de Abril para falar daquele indivíduo para o chefe geral da nação que eu trabalhava”, conta.

Ao ser questionada sobre nome do profissional e do veículo em que trabalhava na época, ela disse que não há necessidade. “Todo mundo já percorreu seu caminho. Um, pelo menos, já morreu. O outro eu não sei. Ficou como estava. Ele continuou sendo o que era lá [dentro]”, lamentou.

Ana Maria Braga ainda relembrou a vez que ela reencontrou o assediador anos depois por acaso num restaurante em São Paulo, na época ela dirigia o setor comercial das revistas femininas da Editora Abril. “Quando ele olhou para mim, ele abaixou o olho e se mandou”, disse.

 O que fazer caso eu seja vítima de um assédio?

– Peça ajuda a quem estiver por perto e chame policiais que estiverem no local. Depois, registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. Casos assim não podem ser registrados por boletim de ocorrência online;

– Guarde todas as informações que conseguir referentes ao assédio: anote o dia, horário e local, nome e contato de testemunhas, características do agressor, tire fotos, filme etc. Verifique também se há câmeras no local do crime, pois, a partir disso, as imagens poderão ser solicitadas.

– Quando fizer o boletim de ocorrência ou qualquer outro tipo de denúncia, é importante levar o maior número de provas do ocorrido. Isso inclui vídeos e fotos no celular, testemunhas, conversas em redes sociais, entre outras. As autoridades policiais precisam de material para conduzir a investigação e a depender do caso, repassar para o Ministério Público. Muitos casos não seguem por falta de provas ou falta de indícios de quem é o autor;

– Você pode fazer uma denúncia pelos telefones da Polícia Militar (190) e do Disque 180