Sob pressão, Câmara de Arapongas recua sobre aumento para 17 vagas

Após as críticas do prefeito Sergio Onofre (PSD) e do aumento da pressão popular, oito vereadores de Arapongas apresentaram nesta quarta-feira (9) requerimentos pedindo a retirada da assinatura no projeto de emenda à Lei Orgânica que aumenta o número de vagas na Câmara.

São eles: Milton Aparecido Xavier, o Toxinha (PSD), Major Arduin (PSC), Meury Farias (PRTB), Toninho da Ambulância (PL), Rodrigo de Deus (Republicanos), Cecéu (PSC), Marilsa da Educação (PSC) e Professor Marcelinho (DC). Eles se juntam a Zé Maria (PTB), que foi o primeiro a retirar assinatura e votar contra o projeto.

Com isso, o presidente da Casa, Márcio Antonio Nickenig (PSD), anunciou que a proposta não deve mais prosperar no Legislativo.

Diante da reação negativa, o presidente da Câmara se pronunciou na tarde desta quarta-feira (9) sobre o recuo tomado. “Chamamos os vereadores e explicamos as situações. Eles analisaram a repercussão, porque hoje nós temos que ouvir a população numa situação dessa, onde nós estaríamos acrescentando ou dando a possibilidade de aumentar o número de vereadores. Então, nós estamos num consenso geral com os vereadores e provavelmente pararemos com esse projeto”, disse.

O parlamentar explicou que a ideia de aumento das vagas na Câmara surgiu após o Censo 2022 apontar o número de habitantes da população araponguense. “A Lei Orgânica nos coloca que até 100 mil habitantes. Arapongas tem 15 cadeiras. Acima de mais 20 mil, teria direito a mais uma. A constituição já nos fala que de 80 mil a 120 mil, o direito é de 17 cadeiras. Então, se for observar, hoje a Arapongas tem 119.200 habitantes nesse Censo que apareceu aqui. Quando que nós teremos um novo Censo? Daqui 5, 10, 15, 20 anos? Então nós estaremos limitados, pelo menos por um bom tempo, a esse número de cadeiras que estão presentes”, argumentou Nickenig.