Sete mulheres procuraram a polícia para denunciar líder espiritual preso em Maringá

Nesta semana sete mulheres procuram a Delegacia da Mulher de Maringá para denunciarem um líder espiritual por abuso sexual. Mais de 10 testemunhas também foram ouvidas na delegacia.

O líder espiritual capoeirista, de 65 anos, foi preso nesta terça-feira (30) no Conjunto Requião em Maringá e vai responder pelos crimes de violação sexual mediante fraude, importunação sexual e assédio sexual.

Dentre suas vítimas está uma adolescente de 17 anos.

O delegado responsável pelo caso, Rodolfo Vieira, disse que as vítimas eram ameaçadas pelo médium e algumas chegaram a fugir por medo.

“Ele falava que a relação sexual era uma energia que ele ia passar para a vítima. Seria uma forma dela ficar curada, e algumas se submeteram a essa relação. Já outras conseguiram perceberam que algo estava errado e fugiram da cidade. Elas tinham muito medo dele, seja por uma represália espiritual, porque achavam que ele poderia lançar um feitiço, ou até mesmo represália física”, afirmou.

“As vítimas relataram que as sessões eram longas, duravam de 3 a 5 horas, e que ficavam sozinhas com o homem dentro de um quarto pequeno onde sofriam os abusos. Tomaram coragem e vieram á delegacia para denunciar, vendo que isso não tem nada de religiosidade, mas sim de crime mesmo”, disse o delegado.

A prisão do líder religioso ocorreu após um grupo de mulheres comparecer a delegacia para denunciar. Segundo a polícia, elas trocaram mensagens pelo Whatsapp e começaram a perceber que os abusos não eram casos isolados e que ocorriam de forma semelhante.

De acordo com a investigações, o líder espiritual atua há mais de 30 anos em Maringá.

A polícia não descarta a possibilidade de mais vítimas por conta do logo período de atuação.