Policiais rodoviários de Maringá cobravam “pedágio” para liberar contrabando e drogas

Segundo o Gaeco e o Ministério Público do Paraná, os policiais rodoviários estaduais presos nesta quarta-feira (14) na operação “Força e Honra” cobravam uma espécie de “pedágio” para liberar veículos carregados com contrabando e drogas na PR-323.

Os policiais abordavam os veículos e cobravam valores para liberar a carga de contrabando e drogas, segundo a polícia. Quando os contrabandistas e traficantes não tinham dinheiro para pagar o “pedágio” os policiais ficavam com uma parte da carga como forma de pagamento, depois o valor das mercadorias era dividido mensalmente entre os policiais. 

Ao todo, durante a operação “Força e Honra”, foram presos 14 policiais rodoviários estaduais. Além disso, outros 27 receberam medidas cautelares de suspensão do exercício da função em 18 cidades do Noroeste e Oeste do estado do Paraná.

Os presos serão encaminhados para Curitiba. 

Entre os presos está o comandante da Polícia Rodoviária de Maringá, o capitão Rodrigo dos Santos Pereira.

De acordo com o Ministério Público do Paraná, na casa de um dos policiais rodoviários foram encontrados maconha, cocaína e haxixe que o policial teria pego como forma de pagamento da propina e também em outra residência foi encontrado um cofre com R$ 130 mil reais em espécie. 

Outras 36 residências de policiais foram alvo de mandados de busca e apreensão nas cidades de Maringá, Iporã, Cruzeiro do Oeste e Cianorte. 

As ações também ocorreram nas cidades de Mandaguari, Marialva, Umuarama, Goioerê, Campo Mourão, Paranavaí, Maria Helena, Doutor Camargo, Tamboara, Nova Esperança, Uniflor, Jussara, Mandaguaçu e Guaíra.

São apuradas denúncias sobre a prática dos crimes de concussão, corrupção passiva, peculato, prevaricação, falsidade ideológica, lavagem de ativos e eventual receptação.

Foto: Divulgação Gaeco
Foto: Divulgação Gaeco