Maringá: Gastos com horas extras na saúde chamam atenção de CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as compras na Saúde em Maringá tem dois assuntos em foco no momento: gastos com horas-extras e parte das licitações homologadas. Em uma levamento feito pela equipe técnica da Câmara de Vereadores, a partir de dados da Prefeitura e do Observatório Social, foram encontrados gastos com horas-extras considerados altos e o valor de R$ 70 milhões em processos licitatórios de inexigibilidade, quando não é necessário haver a comparação de preços na contratação de produtos ou serviços. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 7.

A Comissão Parlamentar de Inquérito foi criada em junho, após o secretário de Saúde, Jair Biatto, ter dito que era comum a Prefeitura pagar até três vezes mais na compra de um produto. Depois, ele se explicou dizendo que a burocracia e a alta demanda por produtos resultavam no preço maior.

No caso das horas-extras, há servidores na Secretaria de Saúde fazendo mensalmente mais de 100 horas além do contrato. Em maio, por exemplo, um motorista fez 170 horas-extras. Um médico fez 40 horas após a jornada normal – e, nesse caso, recebeu mais de R$ 5 mil. De janeiro a maio, a Prefeitura pagou quase R$ 2 milhões em horas-extras

Em relação às inexigibilidades, o que chamou a atenção dos parlamentares é a de que nesse tipo de processo não tem havido problemas como em outros casos, que às vezes ficam desertos ou são revogados.

A CPI quer mais informações sobre isso, disse o presidente da comissão, vereador Flávio Mantovani.