Diversos colégios da região são incluídos em projeto de terceirização

Diversos colégios da região são incluídos no projeto “Parceiro da Escola” do governo do Estado que será encaminhado esta semana para votação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Segundo o governo estadual, a proposta visa “otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante uma parceria com empresas com expertise em gestão educacional”. Essas empresas serão responsáveis pelo gerenciamento administrativo das escolas selecionadas na rede e pela gestão de terceirizados (limpeza/segurança).

Por conta do projeto de lei, a APP-Sindicato, que representa os professores estaduais, aprovou greve-geral para começar a partir do dia 3 de junho.

Na lista divulgada pelo governo estadual estão dois estabelecimentos de ensino de Apucarana (Colégio Estadual Nilo Cairo e Colégio Estadual Antônio dos Três Reis de Oliveira), dois de Arapongas (Colégio Estadual Antônio Racanello Sampaio e Colégio Estadual Unidade Pólo), nove de Maringá (Adaile M Leite, Branca da Mota Fernandes, Brasilio Itibere, Dirce de Maia, João de F Pioli, Kennedy, Rodrigues Alves, Theobaldo M Santos e Unidade Polo), um de Marialva (Conjunto João de Barro) e três de Sarandi (Jardim Panorama, Jardim Universitário e Olavo Bilac).

O “Parceiro da Escola”, segundo o governo estadual, será instalado mediante consulta pública junto à comunidade escolar, em modelo similar das consultas das cívico-militares. A proposta é que a consulta aconteça em 200 escolas de cerca de 110 cidades, nas quais foram observados pontos passíveis de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando inclusive uma diminuição da evasão escolar.

O programa tem como finalidade principal “possibilitar que os diretores e gestores concentrem esforços na melhoria da qualidade educacional, dedicando-se ao desenvolvimento de metodologias pedagógicas, treinamento de professores e acompanhamento do progresso dos alunos”. “Os diretores, os professores e os funcionários efetivos já lotados nas escolas serão mantidos e as demais vagas serão supridas pela empresa parceira, sendo obrigatória a equivalência dos salários com aqueles praticados pelo Estado do Paraná”. A gestão pedagógica seguirá a cargo do diretor concursado, pontua o Estado.

As empresas serão contratadas em lotes, mediante edital, por um período específico que ainda está sendo analisado. Elas deverão ter atuação comprovada na área.

“Essa divisão de responsabilidades permite maximizar o progresso acadêmico dos estudantes e a qualidade geral da educação oferecida pelas escolas. Ao contar com o suporte de uma entidade privada especializada em gestão educacional, as instituições de ensino público ganharão acesso a recursos e expertise que promoverão melhorias nas escolas. Os resultados nas escolas que já contam com o programa são satisfatórios”, afirma o secretário da Educação, Roni Miranda.

Para a APP Sindicato, o projeto pode ser prejudicial para os profissionais e estudantes, conforme explicou em uma publicação. “Professores serão terceirizados, assim como a gestão administrativa, financeira e pedagógica das unidades escolares. Decisões não passarão mais pelas instâncias participativas, excluindo a comunidade escolar. Metas de frequência e desempenho significarão aumento dos repasses previstos pelo Estado”, diz a categoria.

Com informações do TN Online