Crise no Hospital Metropolitano de Sarandi: Padres da Arquidiocese de Maringá se mobilizam em manifesto
Um grupo de padres da Arquidiocese de Maringá estão elaborando um documento que será entregue ao Governo do Estado. Na quinta-feira (29) às 10h, na 15ª Regional de Saúde em Maringá, esses representantes religiosos planejam entregar um manifesto ao Governo do Estado, destacando as inquietações diante dos desafios enfrentados pela instituição.
O Hospital Metropolitano, uma entidade privada conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS), desempenha um papel crucial no atendimento a Sarandi e outras cidades da região. No entanto, atualmente, enfrenta dificuldades financeiras e administrativas. A Prefeitura de Sarandi, embora sem a capacidade de intervir diretamente, está monitorando de perto a situação, esperando por uma recuperação do hospital.
A administração municipal emitiu uma nota destacando a relevância do Hospital Metropolitano para a saúde pública. Expressou solidariedade aos pacientes, familiares, funcionários e diretores da instituição. A Prefeitura se colocou à disposição para oferecer apoio dentro dos limites legais, visando à retomada das atividades do hospital.
A crise interna atingiu seu ápice com a transferência de 40 pacientes de UTI para outras unidades de saúde do estado no último sábado, 17. O Samu, com apoio de equipes, ambulâncias e helicópteros, coordenou essa operação. A transferência se tornou necessária devido à crise interna, que também resultou em atraso nos salários dos funcionários.
Uma fonte anônima do hospital relatou atrasos salariais e altas de pacientes. O diretor-geral do Samu, Maurício Caetano, assegurou que uma estrutura especial foi montada para garantir a segurança dos pacientes transferidos.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) negou pendências nos repasses ao hospital, informando que a central de leitos do estado está realocando os pacientes para outras regiões. Até o momento, a reportagem não conseguiu contato com os diretores do Hospital Metropolitano.
Quanto aos salários atrasados, o hospital iniciou os depósitos relativos a janeiro nesta quarta-feira (21), segundo informações da Pinga Fogo FM, confirmadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Saúde de Maringá e região (Stessmar). Diante dos atrasos, os servidores planejavam um protesto na quinta-feira (22) pela manhã, na frente do hospital, que enfrentou o fechamento parcial da UTI no último fim de semana. Em nota à imprensa, o Metropolitano admitiu enfrentar “pontuais dificuldades financeiras”.