“Cidadão tem direito de escolher imunizante”, diz vereador de Maringá

O vereador de Maringá, Rafael Rosa, argumentou nesta quinta-feira (8) sobre o projeto que manda para a repescagem quem tentar escolher vacina contra a Covid-19 em Maringá, ele argumenta que todo mundo tem o direito de decidir se quer ou não ser imunizado com o imunizante disponível.

O projeto causou polêmica na cidade e por isso foi retirado de pauta.

Roza não concorda que a escolha do imunizante atrase a vacinação.

Segundo ele, em outro estado, um parecer da OAB sobre um projeto semelhante apontou inconstitucionalidade.

“Eles tentaram trabalhar pelo aspecto da justiça, porém a própria OAB do Mato Grosso do Sul já se posicionou em relação ao projeto, dizendo a inconstitucionalidade dele, de tirar o direito do indivíduo. Mesmo porque as pessoas têm esse receio com a vacina? Claro que tem. E a gente não pode tomar o direito das pessoas. A justificativa deles é falar que a pessoa não vai perder o direito de vacinar, mas você está tirando a liberdade da pessoa, trazendo uma punição, sendo que existem outras marcas de vacina disponíveis no mercado”, detalha ele.

“[…] Qual é o mérito que a Prefeitura de Maringá para diminuir as idades? A partir do momento que pessoas parem de ir nas suas respectivas UBSs para fazer a vacinação, eles já diminuem a idade. Então não sei até que ponto de fato essa justificativa que atrasa é relevante, porque se deixei de vacinar, já estou vacinando uma outra pessoa. O número de pessoas vacinadas permanece o mesmo. Pode ser que as pessoas de 40 anos acabem depois vacinando na idade da pessoa de 36 anos, mas não que isso gere atraso, porque acabou diminuindo mais rápido o número de idade por conta de pessoas que acabaram não tomando a vacina”, frisa Rafael Roza.

Segundo o vereador, outro ponto a ser levado em consideração é o direito de igualdade.

“Se já claramente os laboratórios informam a sua capacidade de imunização, ou seja, tem vacina que alcança em média 50%, outras alcançam 90%. Hoje, por obrigatoriedade, para não perder minha data, tenho que vacinar com a que dá 50% de imunização, e amanhã um outro indivíduo vacina com a que dá 90% de imunização. […] Entendo perfeitamente o momento que a gente vive, sou a favor de todo mundo se cuidar, sou a favor da preservação da vida, não sou negacionista, mas a gente precisa entender que o indivíduo tem a sua liberdade e ela deve ser protegida”, finaliza.