2 mil kg de carne vencida ou sem procedência são apreendidos em distribuidora clandestina de Maringá

Agentes da Vigilância Sanitária de Maringá e a Polícia Civil fecharam uma distribuidora de carnes clandestina na manhã desta quarta-feira (28).

Após várias denúncias, as equipes vistoriaram o local e encontraram dois mil quilos de carne vencida ou sem procedência. 

A empresa funcionava no parque industrial, na PR-317, na saída de Maringá para Campo Mourão. 

De acordo com a agente fiscal da Vigilância Sanitária Samantha Bego, as equipes já tinham conhecimento do local e, inclusive, já haviam multado a distribuidora anteriormente.

“Hoje, a gente veio com a Polícia Civil porque a gente teve denúncias de produtos com prazo de validade expirados, distribuição de carnes sem registro e a gente constatou realmente as irregularidades”, detalha. 

Segundo ela, grande parte dos produtos encontrados não tinham origem comprovada.

“São grandes quantidades de carne sem rastreabilidade. Não tem registro, data de validade, de produção, não tem nome. A gente não sabe nem qual tipo de carne tem dentro dessas embalagens”, relata. 

Segundo ela, grande parte dos produtos encontrados não tinham origem comprovada.

“São grandes quantidades de carne sem rastreabilidade. Não tem registro, data de validade, de produção, não tem nome. A gente não sabe nem qual tipo de carne tem dentro dessas embalagens”, relata. 

Samantha explica que a empresa clandestina trabalhava fracionando carnes compradas, reembalando porções menores para, então, vender ao consumidor final em bandejas.

“Ele faz todo o fracionamento em locais sem ventilação adequada, aberto e com moscas, sujeira. [Depois], vendia por meio de aplicativos de entregas de comidos, por exemplo o iFood, para hotéis, restaurantes, a carne já fracionada para facilitar a manipulação desses alimentos nos estabelecimentos de destino final”, afirma a agente fiscal. 

Os produtos foram apreendidos e, por causa das irregularidades, serão descartados.

Também foram encontrados produtos regulares, mas que vão permanecer apreendidos até que a empresa regularize a situação, inclusive as condições sanitárias. 

A empresa, de acordo com Samantha, não tem alvará.

“É uma distribuidora de carnes que tem, também, o fracionamento. Então ele deveria ter o alvará, a licença e o registro no serviço de inspeção municipal, que é o que faz a fiscalização desse tipo de estabelecimento com produtos de origem animal”, acrescenta. 

O delegado Luiz Cláudio Alvez, que acompanhou a operação, diz que o proprietário da empresa vai responder por crime contra o consumidor.

“O objetivo principal aqui é proteger o consumidor, para que [ele] saiba o que está consumindo e não coloque a saúde dele em risco com produtos muitas vezes impróprios para o consumo”, afirma.