Prazos encurtam e políticos começam a tomar rumo

Pré-candidatos têm cinco meses para escolher partidos

Ao mesmo tempo que o grande momento para a classe política se aproxima, o encurtamento dos prazos vai obrigando aquilo que alguns odeiam fazer: tomar decisão. Restam 150 dias para quem vai concorrer em 2024 definir por qual partido vai disputar. A chamada “janela” fica aberta entre o início de março e o começo de abril, quando o prazo se encerra, restando seis meses para o pleito.

Pré-candidata declarada, a prefeita Ivonéia Furtado ainda não decidiu para onde vai, podendo até não ir, ou seja, ficar no Cidadania (antigo PPS), sigla do 23. Há uma possibilidade real de ir para o PSD, partido do governador Ratinho Júnior, e até o PSDB surge como possibilidade. “Ainda não defini e vou aguardar um pouco mais”, despista.

O atual vice prefeito, Jorge do Alambique, deve permanecer no PDT, partido pelo qual se elegeu. A sua definição está em outra esfera: manter a parceria com a atual prefeita, lançar candidatura solo, ou até mesmo migrar para outros acordos. A relação de ambos não é das melhores, porém como se trata de política, não se descarta nenhuma hipótese, inclusive repetirem a chapa vitoriosa de 2020.

Outro nome filiado ao PDT é o ex-prefeito Romualdo Batista, que também segue com rumo incerto. Surge no horizonte a possibilidade de Batistão migrar para o PSB, do atual vice presidente Geraldo Alckmin. O PV também não é descartado, porém voltar ao PT é algo que ele refuta.

No Partido dos Trabalhadores, Eduardo Miranda, o Pinta, assumiu a presidência recentemente. Diretor do Parque Tecnológico Itaipu, não descarta uma candidatura a prefeito pelo partido. Homem forte da primeira gestão Batistão, Miranda tem a seu favor o bom conhecimento da máquina e o apoio do governo federal. Pesa contra suas atribuições na companhia e o consequente pouco tempo para fazer política na cidade. “É tempo de bastante diálogo. Definir o que faremos ainda tem tempo”, explica.

O ex prefeito Cileninho é outro que ainda não oficializou seu destino e eventual candidatura. A tendência é ficar no PP, porém o PSDB não está descartado. Caso não concorra, não descarta indicar a esposa e ex vereadora Clarice Pereira na composição de alguma chapa.

Por fim, Ari Stroher e Marcos Jovino continuam em compasso de espera. Ambos têm se reunido com suas bases e declarado não serem candidatos. Stroher segue no MDB e ali deve permanecer. Já Jovino, candidato em 2020 pelo PSD, pode deixar a sigla. “Temos bastante partidos aliados. Esse não é o problema”, diz. Até o final do prazo ainda haverá muita costura. Até lá, haja linha e agulha.