PF faz buscas contra Sérgio Reis e o deputado Otoni de Paula

Na manhã desta sexta-feira (20) a Polícia Federal está fazendo buscas contra o cantor Sérgio Reis e o deputado federal bolsonarista Otoni de Paula.

As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O objetivo, de acordo com a PF, “é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Ao todo, 13 mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Agentes da Polícia Federal foram ao menos a 29 endereços no Rio de Janeiro e em Brasília ligados ao cantor, na casa e no gabinete do deputado.

Em julho de 2020 Otoni de Paula foi denunciado pela PGR ao STF pelos crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes.

Em redes sociais o deputado afirmou que “não há nada melhor que não dever nada a ninguém” e chamou Alexandre Moraes de tirano.

Já o cantor Sérgio Reis está sendo investigado após um áudio circular nas redes sociais onde ele defende e propõe uma paralisação de caminhoneiros e agricultores “para salvar o país” contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Após a repercussão negativa ele se mostrou arrependido e disse que “era tudo brincadeira”.

“Eu estava conversando com um amigo. Era tudo brincadeira. Ele postou no grupinho dele e aquilo foi para fora. E isso me prejudicou muito. Não era a minha intenção. Não temos que quebrar nada. Tem que fazer uma passeata serena, sem briga. Sem nada. Eu me arrependo demais de ter falado com um amigo. Amigo da onça, sabe como é”, disse ao jornal O Globo.

Apesar disso ele ainda defendeu a manifestação e diz não ter medo de ser preso: “Se não fizer uma paralisação, não muda este país. Não sou frouxo. Não sou mulher. Cadeia é para homem. Eu não saí daqui de casa. Estou aqui em casa quietinho. Se a Federal vier me buscar, eu vou. Não matei ninguém. Não prejudiquei ninguém. Nunca falei mal de nenhum ministro”, afirmou.